quarta-feira, 26 de março de 2014

REUNIÃO DO SPM EM CURITIBA-PR

NOS DIAS 11 E 12 DE MARÇO PASSADO A COORDENAÇÃO DO SPM NACIONAL SE REUNIU EM CURITIBA PARA DISCUTIR PONTOS IMPORTANTES DA SEQUENCIA DA CAMINHADA.
ESTIVERAM PRESENTES NA REUNIÃO REPRESENTANTES DAS 5 REGIÕES DO BRASIL.


CONTAMOS COM UM BELO MOMENTO ONDE A EQUIPE LOCAL SE UNIU AO GRUPO E TIVEMOS UM BOA PARTILHA DOS TRABALHOS E VIDA DE CADA UM.
SEGUIMOS AINDA MAIS FORTALECIDOS QUANDO ESTAMOS UNIDOS E SABEMOS QUE PODEMOS CONTAR UNS COM OS OUTROS...









Fotos: Miguel Angel Ahumada

Conferência debate as necessidades dos migrantes em Passo Fundo- RS

Autor: Natália Arend
Conferência debate as necessidades dos migrantes em Passo Fundo
Foto: Natalia Arend
Há pouco menos de uma década, Passo Fundo assiste a um movimento migratório. Vindos do Senegal, Bangladesh, Moçambique, Somália e Haiti, os migrantes escolhem Passo Fundo como destino, em busca de trabalho, e melhores condições de vida. Quando chegam encontram barreiras como a língua, que tira a autonomia na hora de se comunicar, e dificuldades em fazer documentos. Para entender as necessidades dessas comunidades, aconteceu no último, sábado (22), a 1º Conferência Livre Regional sobre Migrações e Refúgio, na Câmara de Vereadores.
Mobilizados, os migrantes, que se organizam em sociedades de acordo com a nacionalidade, eram cerca de 270 pessoas no plenário da Câmara. A conferência é resultado de um movimento que busca tornar os migrantes agentes de sua inclusão no Brasil começou no fim de 2013, com uma reunião entre os representantes de cada sociedade, a  diretora de Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos do RS – SJDH, Tâmara Biolo Soares, a vereadora Claudia Furlanetto, e outras instituições do município.
Durante o sábado foram definidas as prioridades das comunidades de migrantes “Esse momento é um marco de inclusão para nossa cidade, é a hora de romper barreiras discriminatórias”, diz Claudia. Essas prioridades serão encaminhadas para a Conferência Nacional sobre Migração e Refúgio,COMIGRAR,  que vai acontecer de 30 de maio a 1º de junho. Dessas demandas deve sair o Plano Nacional de Migração e Refúgio. O plano deve atender as particularidades de cada estado e município.
Plano Municipal
Vindos de países devastados, como é o caso do Haiti, os migrantes chegam precisando de assistência. A intenção de estabelecer o Plano Municipal de Migração e Refúgio é facilitar o acesso das novas comunidades ao atendimento médico e assistência social. Facilitar o contato com imobiliários, e dar acesso a aulas de língua portuguesa.

Segundo a vereadora Claudia Furlanetto, a conferência teve resultados positivos, e vários encaminhamentos. O Coordenador da Executiva 1ª Comigrar, Departamento de Estrangeiros do Ministério da Justiça, Sady Fauth, a participação dos migrantes de Passo Fundo, surpreendeu em relação a outras cidades do Brasil.
Dificuldades

A principal dificuldade dos migrantes é conseguir documentação como visto permanente e carteira de identidade para estrangeiros. Esses documentos facilitariam a procura por um trabalho e a locação de imóveis, a matrícula em instituições de ensino. Além dos documentos, a língua é outra barreira que dificulta o dia –a – dia dos migrantes na cidade. Contratos de trabalho, e alugueis escritos em língua portuguesa, impedem que os migrantes entendam o que estão assinando, e se atende as suas necessidades.A validação da profissão é outra reivindicação dos migrantes. Além de trabalhar sem carteira assinada, boa parte deles desempenham funções inferiores a formação.

Fonte: http://www.diariodamanha.com/noticias/ver/750/Confer%C3%AAncia+debate+as+necessidades+dos+migrantes+em+Passo+Fundo

terça-feira, 25 de março de 2014

1ª Conferência Municipal sobre Migrações e Refúgios reúne cerca de 230 pessoas em Caxias do Sul- RS

Migrantes haitianos e senegaleses elaboraram propostas para política nacional


1ª Conferência Municipal sobre Migrações e Refúgios reúne cerca de 230 pessoas em Caxias do Sul  Jonas Ramos/Agencia RBS
Conferência lotou auditório do Bloco H da UCSFoto: Jonas Ramos / Agencia RBS
Cerca de 230 pessoas lotaram o auditório do Bloco H, daUCS, neste domingo com o objetivo de discutir soluções para o novo ciclo de migração que Caxias atravessa, recebendo representantes principalmente de Senegal e Haiti. A 1ª Conferência Municipal sobre Migrações e Refúgios elaborou propostas que serão levadas à etapa estadual da conferência, que ocorre sábado em Porto Alegre. O trabalho culminará na Conferência Nacional, em maio, que irá basear a elaboração de uma política e de um plano nacional sobre o assunto.

As principais sugestões de Caxias dizem respeito à facilitação no acesso a moradia e na obtenção de documentos brasileiros, ofertas de cursos de língua portuguesa e de serviços com tradução e criação de centros de referência ao migrante. Incialmente, as falas eram traduzidas pela organização para o francês, mas a função foi assumida espontaneamente pelo presidente da Associação de Senegaleses de Caxias do Sul, Aboulahat Ndiaye, e pelo o presidente do grupo de haitianos, Pascal Teucheler, que traduziram os discursos para as línguas nativas de cada país.

A presidente da Fundação de Assistência Social (FAS), Marlês Andreazza, afirmou que a formulação de políticas públicas é essencial para que os municípios tenham condições de atender as demandas geradas pelos movimentos migratórios.

— O governo federal precisa nos auxiliar a atender bem para que não haja frustração dos migrantes, que vem para cá em busca de uma vida melhor. Mas as três esferas do governo têm que ter responsabilidades. Nem sempre o governo municipal consegue fazer o que gostaria e acha certo, porque há limitação de recursos e legislação a ser cumprida.

A diretora de Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos do RS, Tâmara Biolo Soares, admitiu que não existem políticas públicas e que o governo do Estado não está preparado para atender a população migrante. 

— As organizações da sociedade, na falta do estado, têm atendido as necessidades. Mas é chegado o momento de o Estado assumir a responsabilidade, elaborar e entregar as políticas públicas, os níveis municipal, estadual e federal. Migrar é um direito, não é um favor que os estados fazem, então é preciso dar condições para que vocês usufruam desse direito.
Fonte: http://pioneiro.clicrbs.com.br/rs/politica/noticia/2014/03/1-conferencia-municipal-sobre-migracoes-e-refugios-reune-cerca-de-230-pessoas-em-caxias-do-sul-4454578.html

sábado, 22 de março de 2014

Governo federal vai criar novos abrigos para imigrantes no Sul e Sudeste


Com objetivo de fortalecer a entrada legal dos imigrantes, o governo federal vai criar novos abrigos nas regiões Sul e Sudeste do país. A nova ação vai diminuir o número de imigrantes que entram ilegalmente pelas fronteiras do Acre com o Peru e Bolívia.
Já são mais de 2.200 imigrantes haitianos, senegaleses e dominicanos em Brasileia ( Foto: Luciano Pontes/Secom)
Já são mais de 2.200 imigrantes haitianos, senegaleses e dominicanos em Brasileia ( Foto: Luciano Pontes/Secom)
Inicialmente, São Paulo terá o primeiro abrigo, com funcionamento previsto para o mês de abril. Em seguida, serão criados novos alojamentos nas cidades de Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR), cidades estratégicas que possuem voos internacionais, além de oferecerem mais vagas de emprego aos imigrantes.
Já são mais de 2.200 imigrantes haitianos, senegaleses e dominicanos em Brasileia. Os abrigos já não comportam todos os imigrantes, que estão impossibilitados de seguir viagem devido à cheia do Rio Madeira em Porto Velho (RO).
Segundo Ruscelino Barbosa, secretário em exercício de Estado de Justiça e Direitos Humanos, os novos abrigos serão importantes para resolver o problema da imigração ilegal no Acre. “Vindo pela rota legal, os imigrantes gastariam muito menos do que pagam para vir ilegalmente”, ressaltou Barbosa.
Nos novos alojamentos, o fluxo de imigrantes será diariamente controlado. As ações de saúde e documentação serão intensificadas. Logo que chegarem aos abrigos, os serviços de documentação (CPF e Carteira de Trabalho) serão prioritários para que os imigrantes possam ser encaminhados ao mercado de trabalho.
O Itamarati, por meio das embaixadas e consulados do Haiti, Senegal, República Dominicana, Equador e Peru, já iniciou a divulgação para fortalecimento da rota legal para os imigrantes que decidem vir para o Brasil em busca de melhor qualidade de vida.
Fonte: http://www.agencia.ac.gov.br/noticias/acre/governo-federal-vai-criar-novos-abrigos-para-imigrantes-no-sul-e-sudeste

Revolução cubana nos postos de saúde - RS



Revolução cubana nos postos de saúde Anderson Fetter/Agencia RBS

Seis médicas cubanas convivem na mesma casa em Guaíba, todas deixaram suas famílias a fim de realizar essa missão internacionalFoto: Anderson Fetter / Agencia RBS
itamar.melo@zerohora.com.br, julia.otero@zerohora.com.br, larissa.roso@zerohora.com.br
Pouco depois das 7h, seis mulheres saem de uma casa no centro de Guaíba para trabalhar. Vestem-se com simplicidade e carregam a marmita do almoço. Uma delas segue a pé. As outras ficam na parada de ônibus, com o vale-transporte à mão, rumo a cinco bairros distintos, em viagens de até 40 minutos. A rotina é idêntica à de milhões de trabalhadores, mas tem um aspecto surpreendente. As seis mulheres são médicas.
As seis profissionais do amado e odiado programa Mais Médicos representam um personagem novo, surgido no fim do ano passado em muitos rincões do país: o "doutor" cubano que vive modestamente, faz a faxina da casa e ganha um salário apertado, assim como muitos de seus pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS).

O mapa de Cuba no RS
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As novidades são sentidas no consultório. Os pacientes costumam se supreender ao entrar na sala de Marlyn Paneca Gómez, 47 anos, na unidade de saúde do centro de Guaíba. Encontram a médica do outro lado da mesa, mas não acham uma cadeira diante do móvel, para sentar. Como outros médicos cubanos, Marlyn gosta de colocar a cadeira do paciente colada à sua.
— A mesa é uma barreira na relação médico-paciente. Explico que preciso estar perto, tocar. Mas os brasileiros não entendem. Não estão acostumados. Vão arrastando a cadeira. Depois de um tempo, ela já está do outro lado da mesa — diz.
Marlyn é um dos 285 cubanos em ação no Estado, aos quais vão se somar mais 138 em março. No Brasil, eles são 5,4 mil, o equivalente a 80% dos estrangeiros ou formados no Exterior que participam do Mais Médicos. Ela fazia um curso preparatório no Espírito Santo, em outubro, quando foi comunicada de que iria para Guaíba:
— Vi (na Internet) que era uma cidade pequena, com um lago lindo. Gostei. Tem muitas coisas bonitas. Já trabalhei na Venezuela e em Honduras, em lugares bem mais complicados, com muita pobreza.
Em 1º de fevereiro, Marlyn e as outras cinco compatriotas foram instaladas na casa do centro de Guaíba, um imóvel mobiliado de 198 metros quadrados. As médicas aprovaram. A casa tem três quartos (todos eles com split), três banheiros (incluindo banheira), uma biblioteca (forrada de enciclopédias), um salão de festas recém-concluído (com churrasqueira), uma cozinha ampla e todos os utensílios e equipamentos necessários (desde louça até freezer e TV). A prefeitura alugou a casa por R$ 5,5 mil e banca água, luz e internet.
— A casa é muito boa. E ainda tem a vantagem de morarmos todas juntas, como uma família — elogia Maritza Cañada Castillo, 41 anos, que já trabalhou no Paquistão, na Bolívia e na Venezuela.
A casa pertence a Carmen Tejada e seu marido, Telmo, que viviam no imóvel até a chegada das cubanas e mantêm uma oficina mecânica na parte da frente do terreno. Para aproveitar a oportunidade de alugar a casa, mudaram-se em caráter provisório para a residência de uma parente. Acabaram virando amigos das médicas.
— São seis pessoas novas na família. Já combinei de levá-las a jantares e festas da paróquia. Também estou organizando a inscrição delas em uma academia. Quando elas vieram conhecer a casa, eu disse o que tinha ao redor: mercado, farmácia. Quando mencionei a academia, ficaram animadas e disseram que queriam — conta Carmen.
Médicas levam marmitas para fazer a refeição no trabalho
A rotina das médicas começa às 6h, quando uma delas levanta mais cedo para preparar o café. O toque cubano no cardápio são as tortillas de ovo. Às 6h30min, as demais saem da cama e vão para a mesa. Todas começam a trabalhar às 8h. Ao meio-dia, pegam a marmita, aquecem a comida no micro-ondas e fazem a refeição no próprio posto, com outros funcionários. O expediente termina às 17h.
Elas se reencontram por volta das 18h. É a hora de contar as experiências do dia, de bater papo, de estudar e de mexer no tablet fornecido pelo governo federal.
— Elas não gostam de TV. São mais ligadas na internet — conta Carmen.
A única que sai todas as noites é Marlyn. Às 19h, ela ganha a rua e caminha por uma hora e 20 minutos pela beira do Guaíba. Perdeu 10 quilos desde a chegada:
— Estou fazendo a preparação cardiovascular para quando começar a academia.
Cada noite, uma das médicas faz o jantar, que será também o almoço, levado na vianda. Nos fins de semana, elas arrumam a casa e passeiam. Costumam pegar o catamarã até o centro de Porto Alegre, onde combinam encontros com cubanos de outras cidades, olham lojas de Guaíba ou arrumam o cabelo em algum salão. Amigos já as levaram à Serra e ao Litoral.
— Elas adoraram Gramado. Acharam lindo. Encantam-se por coisas que para nós são simples, como a facilidade de encontrar produtos de higiene — diz a diretora de saúde de Guaíba, Fabiani Malanga.
A vida social gira em torno de amigos brasileiros, como os donos do hotel onde ficaram antes de alugar a casa. Lá, foram protagonistas da festa de Ano-Novo.
— Tivemos uma noite cubana. Elas trouxeram colegas de Eldorado do Sul e de Porto Alegre, prepararam pratos típicos e colocaram música de Cuba. Dançaram até as 3h. São pessoas animadas — diz Katia Sperotto, 46 anos, proprietária do hotel.
Uma das principais vitrines eleitorais da presidente Dilma Rousseff, o Mais Médicos nasceu, no ano passado, debaixo de ataques de entidades médicas. Para essas agremiações, não faltam profissionais no Brasil. Além disso, o fato de os participantes do programa terem sido liberados de revalidar seus diplomas no país representaria um risco à qualidade do atendimento.
— É um projeto demagógico e eleitoreiro. São profissionais que vêm ocupar espaço dos brasileiros. Eles são oferecidos como um milagre, como se o governo tivesse uma varinha de condão para tirar o atendimento médico de uma cartola. Já temos 400 mil médicos no Brasil e mais 17 mil são formados ao ano — critica Maria Rita de Assis Brasil, vice-presidente do Sindicato Médico (Simers).
Quando ficou claro que os médicos trazidos do Exterior seriam basicamente cubanos, o tom das críticas se elevou e foi reforçado por grupos políticos que viam no Mais Médicos uma forma encontrada pelo governo de fazer populismo eleitoral e financiar a ditadura dos irmãos Castro.
Enquanto os médicos de outras nacionalidades participantes do programa recebem uma bolsa mensal de R$ 10 mil, os cubanos ganham cerca de R$ 1 mil. O grosso do dinheiro vai para o governo de seu país. Os mais exaltados definem o acerto como trabalho escravo. No início do mês, a cubana Ramona Matos Rodríguez virou notícia ao abandonar o programa, com apoio do deputado ruralista Ronaldo Caiado (DEM). Ela disse que vai acionar o governo brasileiro na Justiça do Trabalho.
A atitude de Ramona é quase isolada até o momento. De 89 profissionais que abandonaram o Mais Médicos sem justificativa, só quatro vieram de Cuba — em um universo de mais de 5 mil. As médicas de Guaíba, por exemplo, garantem que a participação no programa é interessante do ponto de vista financeiro. Para começar, dizem, o salário que recebiam em Cuba continua a ser pago a suas famílias. Elas reconhecem que a remuneração de R$ 1 mil por mês é baixa, mas lembram que não é só isso que recebem. Do valor entregue pelo governo brasileiro, outros US$ 600 são depositados em uma conta bancária, que pode ser acessada quando voltarem ao seu país. Para os críticos, trata-se de uma forma de Cuba manter os médicos como reféns, obrigando-os a retornar para ter acesso ao dinheiro. Para os profissionais, acaba sendo um belo pé de meia.
Os benefícios recebidos incluem moradia, transporte e, no caso das cubanas de Guaíba, um auxílio mensal individual de R$ 500 para alimentação — a soma ultrapassa os R$ 3 mil mensais.
— Os preços aqui são altos, mas como existem vários auxílios fica vantajoso. Mas o mais importante é o lado humanitário e o dinheiro que vai para Cuba, o que ajuda na economia e na saúde, que é gratuita — defende Marlene Muñoz Sánchez, 43 anos.
Esse tipo de discurso, sincero ou ensaiado, é característico dos cubanos. Eles se dizem agradecidos por ter podido estudar Medicina gratuitamente em seu país e afirmam que não o fizeram para ganhar dinheiro, e sim para ajudar. Diante da afirmação de que estão sendo explorados e vivendo na pobreza, reagem. Para eles, o estranho não é os médicos terem um padrão de vida simples, mas terem um padrão de vida superior ao das outras pessoas.
— No Brasil a gente nota uma grande distância social dos médicos para os pacientes — diz Diurbys Díaz Utria, 34 anos.
Contato por e-mail e pelo Facebock com familiares
A relação com os médicos brasileiros, aliás, não é tranquila. Os cubanos sentem-se incomodados com os ataques.
— Com os funcionários dos postos, a relação é muito boa, mas com parte dos médicos, não. Alguns nos receberam bem, mas outros não falam conosco nem nos olham — diz Diurbys.
Essa hostilidade, somada à deserção de Ramona, motivou muitos dos cubanos a evitar a imprensa. Dos 30 médicos de Porto Alegre e dos 10 de Canoas, por exemplo, nenhum topou falar com ZH.
— Eles estão fugindo de entrevista de tudo que é jeito. Não topam nada. No início, teve uma exposição muito grande, e eles resolveram se preservar — diz Marcelo Bósio, secretário da Saúde de Canoas.
À dificuldade vivida nos postos de saúde, com os colegas brasileiros, soma-se uma maior, de caráter pessoal: a distância da família. As seis cubanas de Guaíba têm filhos, alguns deles pequenos, que ficaram com parentes. O contato é por Facebook e e-mail. Para chamadas por vídeo, é preciso que o familiar em Cuba vá até um centro de comunicação, o que não custa barato.
— É a parte mais difícil. Mas não tenho tristeza. Toda manhã, quando acordo, abro o e-mail e tem um "bom dia" do meu marido ou dos meus filhos — conta Marlyn.
A saudade é aliviada, dizem as cubanas, pela recepção oferecida por pacientes e amigos brasileiros. Fabiani Malanga, a diretora de saúde da cidade, afirma que é comum a prefeitura receber reclamações sobre médicos locais. É raro alguém elogiar. Mas isso tem acontecido em relação às cubanas. Há alguns dias, Marlyn voltou faceira para casa, com um creme e um livro presenteados por um paciente.
Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2014/02/revolucao-cubana-nos-postos-de-saude-4427771.html

sexta-feira, 21 de março de 2014

1ª CEMIGRAR/PR
1ª CONFERENCIA ESTADUAL SOBRE MIGRAÇÕES E REFUGIO DO PARANÁ



quarta-feira, 19 de março de 2014

Para vereador, senegaleses e haitianos trazem pobreza ao Brasil

Petebista considera que estrengeiros não trazem benefício ao Brasil por terem culturas muito diferentes. Foto: Luciane Modena
Petebista considera que estrengeiros não trazem benefício ao Brasil por terem culturas muito diferentes. Foto: Luciane Modena
O vereador Flávio Dias (PTB) declarou sua opinião a respeito da presença de estrangeiros vindos do Senegal e Haiti ao Brasil e, especialmente, a Caxias do Sul, durante a sessão desta terça-feira (18). O petebista considera que eles não respeitam as regras de convivência e, por isso, não concorda com a vinda deles ao país. “Não gostei nada desse pessoal vir pra cá. Não vieram trazer benefício para o Brasil coisa nenhuma, vieram trazer mais pobreza. Não sou favorável a esses caras aqui”, disse.

Flávio Dias se pronunciou sobre o assunto após o vereador Mauro Pereira (PMDB) sugerir que a Câmara publique uma cartilha para informar boas maneiras aos haitianos e senegaleses que, segundo ele, não têm ideia de filas em locais públicos pela dificuldade de entender as culturas brasileira e caxiense.
por Noele Scur (Rádio São Francisco), dia 18/03/2014 às 22:02
  • Ouça a notícia   
  •            Fonte:  http://www.redesul.am.br/Noticias/Politica/18/03/2014/Para-vereador-senegaleses-e-haitianos-trazem-pobreza-ao-Brasil/143071

segunda-feira, 17 de março de 2014

Me chamaram de negro vagabundo', diz senegalês vítima de agressão em Caxias do Sul - RS

Jovem levou empurrões e tapa


'Me chamaram de negro vagabundo', diz senegalês vítima de agressão em Caxias Jonas Ramos/Agencia RBS
Durante as agressões, senegalês foi chamado também de macacoFoto: Jonas Ramos / Agencia RBS
— Nunca havia sido tratado assim no Brasil.

O lamento é do jovem senegalês de 24 anos vítima de racismo, há uma semana, dentro de um ônibus de transporte público em Caxias do Sul. Ele mora há um ano na cidade. Naquele sábado, depois das 18h, estava no Centro e pegou um  ônibus da linha Planalto/Rio Branco. O destino era a própria residência, no Rosário II. Minutos depois, quatro jovens entraram no veículo.

>> 'Ele deu um tapa na cara do meu filho e me mandou calar a boca', disse mãe de menino de 13 anos agredido em ônibus de Caxias do Sul

— Eles passaram e me chamaram de haitiano. Dois deles sentaram atrás de mim. Um deles me deu um tapa na nuca e eu levantei. Perguntei se estavam brincando. Eles disseram que não. Perguntei por que estavam fazendo isso. Eles diziam "que foi, haitiano"? Eu falei que era senegalês, que desceria em duas paradas e se quisessem me dar outro tapa que esperassem eu descer. Ele (o que desferiu o tapa) perguntou o que eu iria fazer. Eu disse que não sabia. Ele então se levantou e me empurrou. Me chamaram de negro vagabundo — relembra.

De acordo com o senegalês, os agressores o chamavam também de haitiano e macaco. Embora ele tentasse levantar, era impedido com empurrões. O menino de 13 anos, no banco ao lado com a mãe, ergueu-se. Também foi acometido com um tapa no rosto, pelo mesmo rapaz.

— O que vi foi o motorista parar o ônibus e ligar para a Brigada Militar. Os três começaram a descer do ônibus e me puxavam pela camisa. Outras pessoas impediram que eu descesse com eles. O motorista fechou a porta e eles fugiram — completa.
Em casa, o jovem chorou. Veio para o Brasil para trabalhar. Há um mês, conseguiu emprego como auxiliar de limpeza. No Senegal, ficaram os pais, os seis irmãos, a mulher e o filho de sete anos. Não teve coragem de contar o que aconteceu. Se encontrasse os três agressores novamente, apenas uma frase seria dita a eles:

— Não façam um ato feio desses com uma pessoa de novo, é muito triste.
Fonte: http://pioneiro.clicrbs.com.br/rs/geral/cidades/noticia/2014/03/me-chamaram-de-negro-vagabundo-diz-senegales-vitima-de-agressao-em-caxias-4446317.html
CAMPO DE REFUGIADOS NO CORAÇÃO DA CIDADE - EM PORTO ALEGRE - RS

Chegou a vez de Porto Alegre receber a exposição “Campo de Refugiados no Coração da Cidade”! Entre os dias 14 e 23 de março, Médicos Sem Fronteiras levará ao Parque da Redenção a exposição interativa que recria espaços onde a organização oferece cuidados de saúde a populações em busca de segurança. A entrada é gratuita e as visitas serão guiadas por nossos profissionais, que vão compartilhar suas experiências em campo. Confirme sua presença, convide seus amigos e participe da nossa mobilização para chamar a atenção para a dura realidade de milhões de refugiados pelo mundo. http://goo.gl/G1P6RG




Já pensou como seria se você tivesse tido que fugir de um conflito e hoje morasse em um campo de refugiados? Médicos Sem Fronteiras convida você a vivenciar esse universo e conhecer o trabalho humanitário realizado nesses contextos durante visitas guiadas por nossos profissionais. 

De 14 a 23 de março, das 9h30 (primeira visita guiada) às 16h30(última visita guiada)
Parque da Redenção (Farroupilha) – próximo ao Salão de Atos da UFRGS
Entrada Gratuita

A exposição “Campo de Refugiados no Coração da Cidade” é, mais do que uma mostra, um convite à realidade de mais de 15,4 milhões de refugiados e 28,8 milhões de deslocados internos que deixaram tudo para trás em busca de segurança.

Contamos com a sua presença!

Convide seus amigos! Acesse www.msf.org.br/campoderefugiados, confira mais informações sobre a exposição e compartilhe esse evento com seus contatos.


 Fonte: http://www.msf.org.br/

Dia Internacional do Imigrante é comemorado em Caxias do Sul com caminhada de senegaleses e haitianos

Data, comemorada em 18 de dezembro, foi estipulada pela ONU em 1990

Grupo de estrangeiros residente em Caxias abraçou simbolicamente o Monumento ao Imigrante. Foto: Noele Scur
Grupo de estrangeiros residente em Caxias abraçou simbolicamente o Monumento ao Imigrante. Foto: Noele Scur
A caminhada para lembrar o Dia Internacional dos Imigrantes, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), contou com cerca de 200 pessoas, entre senegaleses e haitianos que residem em Caxias do Sul.

Da praça Dante Alighieri, o grupo se dirigiu até o Monumento Nacional ao Imigrante seguindo pela Av Julio de Castilhos na tarde deste domingo (15). Os estrangeiros caminharam por cerca de duas horas ao som de músicas tradicionais, com letras alusivas a sentimentos de união, amor e religião e destacaram o respeito ao Brasil e, em especial, aos caxienses.

Irmã Maria do Carmo Gonçalves, do Centro de Atendimento ao Migrante (CAM), destaca que um abraço simbólico feito no monumento de Caxias do Sul representa o acolhimento da cidade aos estrangeiros que buscam melhores condições de vida para as famílias. "É o passado e o presente se encontrando para continuar a construir essa cidade", afirmou.

Cerca de 620 estrangeiros do Haiti e Senegal estão em Caxias do Sul.

Fonte: http://www.redesul.am.br/Noticias/Geral/15/12/2013/Dia-Internacional-do-Imigrante-e-comemorado-em-Caxias-do-Sul-com-caminhada-de-senegaleses-e-haitianos/138024

sexta-feira, 14 de março de 2014



Apresentação

O programa Santa Afro Catarina visa promover a identificação, a valorização e a difusão do patrimônio cultural associado à presença dos africanos e afrodescendentes em Santa Catarina, com foco em Florianópolis num primeiro momento. O programa articula ações de educação patrimonial em dois níveis. Por um lado, prevê a elaboração de narrativas temáticas e de roteiros de visita sobre a história dos africanos e afrodescendentes em Santa Catarina baseados em pesquisa de arquivo sob a perspectiva da História Social e por outro lado, prevê o desenvolvimento de atividades de educação patrimonial associadas ao ensino de História, dando ênfase à articulação entre patrimônio e história local. Desde 2011, oferecemos visitas guiadas por roteiros históricos, em maio de 2013 lançamos o livro História Diversa: africanos e seus descendentes na Ilha de Santa Catarina, e ao longo de 2013 está previsto o lançamento de um website contendo as narrativas temáticas e a oferta de oficinas para professores e para guias de turismo.
A equipe do programa é formada por profissionais atuantes nas áreas de História da Diáspora Africana, Patrimônio e Ensino de História. 
A integração inovadora dos conteúdos de história da presença africana à discussão de patrimônio faz o diferencial do programa Santa Afro Catarina: ao agenciar uma nova gama de marcos urbanos como cenários de tramas históricas, ao atribuir novos significados a espaços já visitados, ou ainda ao enfatizar as ausências dos marcos materiais e o esquecimento da presença africana, as ações previstas proporcionam novos modos de percepção e de relacionamento com o passado configurado nos espaços urbano e rural.
Este site visa apresentar o programa e dar notícias de seu andamento enquanto o website oficial não fica pronto.
Fonte: http://santaafrocatarina.blogspot.com.br/

Santa Afro Catarina promove neste sábado roteiro guiado “Viver de Quitandas"

O Programa Santa Afro Catarina e o Laboratório de História Social do Trabalho e da Cultura da UFSC promovem neste sábado, 8 de março, uma visita guiada pelo centro histórico de Florianópolis, com o roteiro “Viver de Quitandas”. O roteiro associa a paisagem urbana de Desterro às de outras freguesias da Ilha de Santa Catarina e do litoral adjacente ao abordar o abastecimento e a produção de gêneros alimentícios. O porto, a antiga Praça de Mercado e as ruas de Desterro emergem como locais de trabalho e de sociabilidade para muitos escravos e libertos, homens e mulheres de origem africana, que desempenham atividades relacionadas ao comércio de gêneros alimentícios produzidos na Ilha e no litoral adjacente.
O encontro é gratuito, aberto a todos e está marcado para as 9h45min, na figueira da Praça XV, Centro, Florianópolis. A saída será às 10 horas. O roteiro tem duração aproximada de duas horas. Em caso de chuva
forte, a visita será cancelada.
As visitas do Programa Santa Afro Catarina são realizadas todos os meses, sempre no primeiro sábado (excepcionalmente no segundo, por causa do Carnaval), e percorrem roteiros históricos associados à história da presença de africanos e afrodescendentes em Florianópolis. Na condução está uma equipe de profissionais das áreas de História, Patrimônio e Ensino de História. Realização conjunta do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) e do Centro de Ciências da Educação (CED), o Programa Santa Afro Catarina tem como diferencial a integração inovadora dos conteúdos de história da diáspora africana ao espaço urbano. Para saber mais, acesse:
http://santaafrocatarina.blogspot.com.br/
Serviço: Roteiro Histórico
O quê: visita guiada “Viver de Quitandas”.
Quando: sábado, 8 de março. Encontro às 9h45min. Saída: 10h.
Local de saída: Figueira da Praça XV de Novembro, Florianópolis.
Condutor: Cássila Melo – Contato: (48) 9618-8897
Fonte: http://noticias.ufsc.br/2014/03/santa-afro-catarina-promove-neste-sabado-roteiro-guiado-viver-de-quitandas/




Padre Gustot Lucien  volta para o Haiti

Foto arquivo
Veja reportagem do PARANÁ TV 1ª EDIÇÃO – CURITIBA

http://globotv.globo.com/rpc/parana-tv-1a-edicao-curitiba

Obrigado querido Padre Gustot Lucien,pelo tempo que esteve aqui e tanto fez pelos imigrantes, pela caminhada entre nós atuando com a equipe em vários momentos da caminhada... vai continuar fazendo  parte em nossas caminhadas diarias com e pelos migrantes.  Mesmo distante  sempre vai estar aqui com a gente..DEUS LHE ABENÇOE. Nosso eterno agradecimento!!
Equipe da pastoral do Migrante Curitiba-PR



Fonte: http://globotv.globo.com/rpc/parana-tv-1a-edicao-curitiba/v/padre-luccien-gusteau-vai-voltar-para-o-haiti/3202088/?fb_action_ids=567940026636013&fb_action_types=og.likes&fb_source=other_multiline&action_object_map=%5B717414691635981%5D&action_type_map=%5B%22og.likes%22%5D&action_ref_map=%5B%5D

sexta-feira, 7 de março de 2014

MPF acompanha situação de estrangeiros no Paraná

Bruna Quintanilha e Lucas Emanuel Andrade - Redação Bonde


O Ministério Público Federal em Paranavaí fez uma reunião em janeiro para discutir a presença dos haitianos na cidade. O procurador da República Raphael Otávio Bueno Santos conversou com os estrangeiros sobre os direitos e as responsabilidades deles e se comprometeu a buscar solução para alguns problemas apontados pelos caribenhos. 

Muitos disseram ter diplomas no país natal, por isso têm a intenção de continuar estudando no Brasil para conseguir posição melhor no mercado de trabalho. O MPF pretende levantar universidades dispostas a oferecer bolsas aos haitianos. O procurador explicou as dificuldades que os próprios brasileiros enfrentam. Por isso, orientou os estrangeiros a buscarem melhor condição de vida com o trabalho. 

Divulgação


Para o procurador Raphael Bueno, a reunião foi importante "para que o MPF conheça os problemas enfrentados pelos haitianos em Paranavaí, os quais possuem a condição de refugiados, devendo ser-lhes garantidos todos os direitos inerentes a esta condição". O MPF pretende promover iniciativas concretas para o enfrentamento dos problemas relatados. 

A defensora pública federal Fernanda Hahn falou com o Portal Bonde por e-mail e respondeu sobre o desamparo dos imigrantes. "Não observamos uma efetiva política pública específica para eles. O Brasil, embora seja um país de acolhida, carece de meios para propiciar a inclusão social e integração dos refugiados. Mesmo que haja a legislação de proteção, fato é que as instituições públicas e também privadas não estão preparadas e conscientizadas da importância de oferecer um acolhimento a essas pessoas". 



Ela disse que a Defensoria Pública da União vem atuando em diversas frentes para a garantia da dignidade humana dos estrangeiros que estão no país. "A nossa atuação relaciona-se com o auxílio jurídico aos solicitantes de refúgio perante os órgãos como o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), Conselho Nacional de Imigração (CNIg) e Polícia Federal, assim como aos refugiados que necessitam de acesso às políticas públicas, as quais devem ser oferecidas a qualquer brasileiro".

Fernanda Hann chama ao governo a responsabilidade de oferecer melhor suporte aos estrangeiros. "O principal problema dos solicitantes de refúgio é a dificuldade de reconhecimento de tal condição para permanecerem no Brasil. Muitos deles não se enquadram nas condições legais. Muitos migrantes saem de seu país de origem por conta de problemas ambientais, pela miséria, e estas hipóteses não são consideradas aptas ao reconhecimento do refúgio, segundo atesta o Conare. Por tal motivo, foi dado visto humanitário a muitos haitianos, para que fosse regularizada a sua presença no Brasil. Cabe a nós acolhê-los e garantir a dignidade dos mesmos, em respeito aos direitos humanos. Além disso, tanto para os solicitantes como para os refugiados, os principais problemas que relatam são o acesso aos serviços públicos, como saúde, documentação, abrigos, alimentação adequada".

A carência de moradias aos haitianos também foi relatada na reunião com o MPF. Fenelon Aldophe contou em entrevista a surpresa de ter chegado em Paranavaí sem residência. "Pensei que no Brasil iríamos ter casas para morar". O pastor Zedequias Vieira Cavalcante destacou a dificuldade para encontrar casas para os trabalhadores. "Não conseguimos alugar pela burocracia que é. Por isso reuni o pessoal da igreja e viabilizamos casas para eles. Quem tinha imóvel ofereceu para aluguel sem a necessidade de ter fiador ou outras burocracias".

A defensora pública abre uma esperança aos haitianos. "Recentemente, ajuizamos Ação Civil Pública (ação coletiva) para buscar que refugiados tenham acesso ao Programa Minha Casa Minha Vida, independentemente de um tempo mínimo de permanência no Brasil".

Fonte: http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-3--2-20140301

quarta-feira, 5 de março de 2014

CNBB lança nesta quarta-feira de Cinzas a Campanha da Fraternidade 2014
Tema: FRATERNIDADE E TRAFICO HUMANO  Lema: "É PARA A LIBERDADE QUE CRISTO NOS LIBERTOU" 

CONCEITO DE TRÁFICO DE PESSOAS:
Segundo o Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em especial de Mulheres e Crianças (Protocolo de Palermo - 2000), instrumento já ratificado pelo Governo brasileiro, a expressão Tráfico de Pessoas significa:
“o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração.”
O mesmo Protocolo define a exploração como sendo, no mínimo, “a exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, o trabalho ou serviços forçados, escravatura ou práticas similares à escravatura, a servidão ou a remoção de órgãos”.
CONCEITO DE TRÁFICO DE MIGRANTES:
De acordo com o Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, relativo ao Combate ao Tráfico de Migrantes por Via Terrestre, Marítima e Aérea (Protocolo de Palermo – 2000), instrumento já retificado pelo Governo brasileiro, a expressão Tráfico de Migrantes significa:
“a promoção, com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, um beneficio financeiro ou outro benefício material, da entrada ilegal de uma pessoa num Estado Parte do qual essa pessoa não seja nacional ou residente permanente.”
Citado Protocolo define como seu objetivo “prevenir e combater o tráfico de migrantes, bem como promover a cooperação entre os Estados Partes com esse fim, protegendo ao mesmo tempo os direitos dos migrantes objeto desse tráfico.” 
Fonte do Texto: http://www.migrante.org.br/migrante/index.php?option=com_content&view=article&id=221:trafico-de-pessoas-conceito&catid=97:paginas-trafico-humano&Itemid=1216