terça-feira, 28 de maio de 2013

Política migratória foi discutida em Foz do Iguaçu - PR

Na mesa de abertura do encontro, participou o prefeito Reni Pereira (PSB), o Ministro Rodrigo do Amaral Souza do Departamento de Imigração e Assuntos  Jurídicos do MRE,  Jana Petaccia do DEEST/SNJ ,Carmem Lussi da OIM. Organização Internacional das Migraçoes e Fatima Ikiko Yokohana do Comite Estadual do Paraná para Migrantes Refugiados.   Foi realizado  no Auditório da Unila, em Foz do Iguaçu. O objetivo é analisar os dados coletados pelo projeto da Organização Internacional das Migrações, do Departamento de Estrangeiros e Secretaria Nacional de Justiça, no processo de mapeamento de instituições envolvidas com a temática migratória com vistas a contribuir para políticas migratórias pautadas pelos direitos humanos.

O debate é o resultado do questionário realizado entre os meses de dezembro e abril, para mapeamento das instituições envolvidas na temática migratória, especialmente as respostas às quatro perguntas abertas sobre: os serviços aos imigrantes; as dificuldades que as instituições enfrentam para assegurar tais serviços; as dificuldades que os migrantes enfrentam referentes a serviços e, as prioridades indicadas pelas instituições, nos questionários, para a política migratória atualmente, no País.
Ao participar do evento, o prefeito Reni Pereira destacou a importância de se ter políticas mais adequadas para o sistema migratório, uma vez que Foz do Iguaçu é um município atípico e diferenciado das demais cidades brasileiras. “A cada dia estamos vivenciando movimentos migratórios diferenciados. Uma por meio dos brasiguaios e outra das nações envolvidas no Mercosul”, relatou o prefeito.
Participaram  mais de trinta pessoas, representantes de instituições envolvidas com a temática migratória, Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça, associações de migrantes, sociedade civil e instituições acadêmicas. O mesmo evento já foi realizado em São Paulo e Manaus.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Papa deplora tráfico de seres humanos e pede compreensão com os migrantes

Francisco parabenizou ações de proteção aos migrantes e refugiados

O Papa Francisco discursou durante a vigésima plenária do Pontifício Conselho Para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes que transcorreu no Vaticano, com a presença de dom Alessandro Ruffinoni, religioso da Congregação Scalabriniana e membro do pontifício conselho.

O papa iniciou falando sobre o tráfico de pessoas e disse ser uma atividade "ignóbil, uma vergonha para as nossas sociedades que se dizem civilizadas", apelando aos criminosos que façam um sério exame de consciência consigo mesmo e diante de Deus.

Francisco também pediu mais bondade e compreensão com os migrantes e refugiados e às comunidades eclesiais uma atenção diferenciada às pessoas que estão migrantes.

Reportagem Roseli Lara da Webradio Migrantes

domingo, 26 de maio de 2013

ONDA MIGRATÓRIA Bengaleses buscam refúgio no Norte e Noroeste do PR

Polícia Federal registra aumento dos pedidos de refúgio de cidadãos de Bangladesh nas duas regiões. Em Londrina, preocupação é pela falta de estrutura para receber os imigrantes
César Augusto
A Cáritas de Londrina recebeu 19 cidadãos do país asiático e dezenas deles estão pela região em busca de emprego; temendo pela segurança, preferem não se identificar
 
O Norte e o Noroeste do Paraná vivem uma pequena invasão de trabalhadores de Bangladesh. Sem informar a quantidade de pedidos, a Polícia Federal em Londrina apontou que tem recebido muitas solicitações de refúgio desses imigrantes. Já a Cáritas Arquidiocesana de Londrina, órgão ligado à Igreja Católica, recebeu no último mês 19 cidadãos do país asiático. Entretanto, segundo Márcia Ponce, gerente-administrativa da entidade, o número de bengaleses nos 16 municípios que integram a Arquidiocese de Londrina é bem maior. 

Apenas em Rolândia, há um grupo de 50 oriundos de Bangladesh e em Jaguapitã há outros 25, segundo a Cáritas. De acordo com a gerente, a maioria dos bengaleses não passa pela entidade – dos que estão em Rolândia, apenas 12 tiveram algum contato com a Cáritas. A primeira informação era de que os bengaleses viriam para trabalhar em frigoríficos da região, mas há muitos sem emprego. ‘‘Desses que estão em Rolândia, a maioria está desempregada. Em Jaguapitã, também’’, diz Márcia. 

Parte desses imigrantes é acolhida por grupos de conterrâneos, mas outros não têm para onde ir e recorrem a abrigos. ‘‘Aí existe um problema grave, porque os abrigos não dão conta nem da demanda interna’’, relata Márcia. No início de junho, o acolhimento de imigrantes de outros países na região de Londrina deve ser tema de uma reunião que vai envolver representantes da Polícia Federal, prefeituras e outras instâncias. 

‘‘Eles (bengaleses) chegam muito tensos: estão viajando há quatro dias, sem se alimentar, não sabem se comunicar. Um ou outro sabe falar alguma coisa em inglês’’, diz Márcia. 

A FOLHA entrevistou um bengalês que está em um abrigo na região de Londrina desde que chegou ao Norte do Paraná, na semana retrasada. Ele relata que ‘‘não conhecia ninguém’’, mas que escolheu o Brasil em razão da ‘‘economia forte’’. Sua rota teve várias escalas: saiu de Bangladesh, esteve em Dubai, passou por São Paulo, Lima, no Peru, e pela Bolívia, onde cruzou a fronteira por Corumbá (MS). 

Conta que teve de deixar o país de origem por problemas políticos, já que tem ligação com o principal partido de oposição ao governo atual. Vai solicitar refúgio ao governo brasileiro e pretende se estabelecer por aqui. ‘‘Gostei do Brasil, todos estão sendo muito gentis’’, elogia. Por enquanto, está desempregado. ‘‘Vou tentar aprender a língua e depois vou procurar emprego’’, afirma o bengalês, que fala inglês com sotaque forte. 

A preocupação com a segurança é grande entre o grupo. O entrevistado pela FOLHA e outros imigrantes de Bangladesh, que estavam no mesmo abrigo e conversaram brevemente com a reportagem, pediram mais de uma vez para que seus nomes não fossem publicados nesta reportagem. Só aceitaram ser fotografados contra a luz, para que seus rostos não fossem identificados. 

Por uma questão de sigilo, a Polícia Federal em Londrina não quis informar se há alguma investigação em curso para apurar se há grupos organizados aliciando bengaleses para que venham ao Brasil. 

Nos últimos dois meses, em operações diferentes, a PF desbaratou dois esquemas ilegais que traziam trabalhadores de Bangladesh para o Brasil, em Corumbá e no Distrito Federal. No segundo caso, há indícios de tráfico internacional de pessoas e trabalho escravo. 

quinta-feira, 23 de maio de 2013


Dom Alessandro reflete sobre migrações forçadas na AL durante plenária no Vaticano

Plenária do Pontifício Conselho para os Migrantes e Itinerantes reflete a acolhida aos refugiados e migrantes forçados

O Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes realiza no Vaticano, a sua vigésima plenária abordando a temática: A solicitude pastoral da Igreja no contexto das migrações forçadas, da qual participa dom Alessandro Ruffinoni, religioso da Congregação dos Missionários Scalabrinianos, bispo de Caxias do Sul e membro do Pontifício Conselho.

A previsão é que no 6 de junho, o Pontifício Conselho apresente à imprensa o documento “Acolher Deus nos refugiados e nas pessoas forçadas à imigração”.

Durante e plenária já foi avaliada a migração forçada da África para a Europa e a possibilidade de que as pessoas obrigadas a deixar seu país possam apresentar pedidos de proteção, antes mesmo de chegar à fronteira, às sedes diplomáticas no exterior.

Dom Alessandro Ruffinoni, da Congregação dos Missionários de São Carlos é membro do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes e falou nesta quinta-feira, dia 23, sobre “América Latina, análise do fenômeno atual das migrações forçadas”. 

Reportagem com Roseli Lara, da WebRádio Migrantes

segunda-feira, 20 de maio de 2013


Entrada de imigrantes pela região do Paraná, tem crescido, diz polícia Rodoviaria


A entrada de 11 imigrantes ilegais de Blangadesh no Brasil, flagrados pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de Iporã no sábado passado, coloca a região frente uma realidade vivida pelo País há alguns anos. A imigração ilegal tem sido frequente nas regiões fronteiriças e, Umuarama pode estar na rota usada por esses imigrantes até os grandes centros.
Embora este problema seja mais expressivo na região norte, principalmente no Acre, o flagra dos bengaleses na região reflete diretamente na questão da fronteira aberta no Brasil. Segundo a Polícia Rodoviária de Iporã, o grupo que viajava em um ônibus interurbano e o último registro de alfândega no passaporte deles era um visto boliviano.
O sargento responsável pela operação, Gilson Cardoso Fahur, da 4ª Companhia de Polícia Rodoviária da Rotam, disse em entrevista que os estrangeiros embarcaram em Guaíra, na fronteira com o Paraguai e iriam desembarcar em Cruzeiro do Oeste - região metropolitana de Umuarama.
Oportunidades
Após entrarem em contato com um imigrante bengalês que vive há cerca de três anos em Cruzeiro do Oeste, os imigrantes ilegais foram liberados. O bengalês que vive na região e falava português, revelou que a vinda do grupo ao Brasil seria para aceitar uma oferta de trabalho em um frigorífico de aves. “Hoje nosso país vive falta de emprego e sérios problemas políticos. O Brasil tem oportunidades, por isso estamos aqui”, contou.
A Polícia Federal recolheu todos os passaportes e orientou os bengaleses a providenciar o trâmite legal para trabalhar no Brasil. Assim não correm risco de serem deportados. Após serem liberados pela PF, os estrangeiros foram para a casa do conterrâneo que vive em Cruzeiro do Oeste. A relação do grupo e do homem será investigada pela Polícia Federal.
Fahur explicou que esses trabalhadores são aliciados por coiotes estrangeiros que vivem legalizados no País e realizam as negociações entre os empregadores brasileiros e trabalhadores estrangeiros. “Como a prática é cada vez mais comum, o número de operações da PF e das polícias rodoviárias deve se intensificar em rodovias que levam às fronteiras”, disse.
Solução humanitária
O problema da imigração clandestina na região explodiu na sequência em que o ministro da Secretaria – Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou que o governo federal terá de promover uma política de ajuda humanitária, para oferecer apoio e também qualidade de vida a esses povos.
A imigração ilegal no País tem tornado-se solidária, comparada com outros países emergentes. Muitos usam rotas semelhantes, entrando pela Bolívia e Peru – países onde não há restrições de visto, assim como o Brasil tem se mostrado.
O caos social vivido hoje no Haiti reflete às semelhanças em que Bangladesh tem enfrentado, e faz do Brasil (com a fronteira ‘livre’) um país mais atraente. O ministro Gilberto Carvalho concordou que a Bolívia é a porta de entrada desses povos no continente e disse ainda que, o Brasil não deve “rejeitar a imigração”.
“Nós precisamos fazer um acordo para que haja um mínimo de cuidado também no uso desses países como corredor de chegada ao Brasil”, ele acrescentou que “o Brasil tem setores da economia com capacidade de ‘absorção muito grande’ de mão de obra, inclusive estrangeira, como é o caso da construção civil.”
 
Nova rota
O sargento Gilson Cardoso Fahur afirmou que é cada vez mais comum a entrada de imigrantes ilegais no Brasil por fronteiras terrestres, como Guaíra. O crescimento econômico brasileiro e eventos esportivos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, que serão realizadas nos próximos anos no País, são os atrativos para os estrangeiros.

Umuarama

Seminário “Migração, trabalho e cidadania”


O Seminário foi organizado pelo Centro de Estudos Migratórios, dos Missionários Scalabrinianos, conjuntamente com a PUC-SP e SPM - Serviço Pastoral dos Migrantes.nos dias 16 e 17 de Maio, o  seminário focalizou, os movimentos migratórios contemporâneos,e sua vinculação às questões de trabalho e cidadania, com ênfase nos direitos Humanos.
 A professora Rosana Baeninger, da Unicamp,  ministrou a conferência intitulada “O Brasil na rota das migrações internacionais”.

O professor Jorge da Silva Macaísta Malheiros, da Universidade de Lisboa, participou de uma mesa-redonda com Suzana Pasternak (do Observatório das Metrópoles de São Paulo), José Carlos Pereira (SPM/Unicamp), Maria do Rosário Holfsen (Unesp/Unicamp) e Lúcia Bógus (PUC-SP). , foi tratado o tema Democracia, Cidadania com o professor Luiz Eduardo Wanderley ( Puc-Sp),

O fato de uma pessoa ter de abandonar sua terra ou sua casa para poder viver não é um ideal. Mas há circunstâncias nas quais muitas pessoas se veem obrigadas a isso: algumas vezes, para poder se manter; outras, para escapar de situações de ameaça e risco para sua vida ou de sua família; e, às vezes, simplesmente para melhorar sua situação pessoal ou familiar. o evento foi muito importante, pelo fato que hoje a migração e uma realidade.
Miguel  ahumada

quinta-feira, 16 de maio de 2013


Igreja Católica promove encontro da 

Pastoral do Migrante no RS.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
A Pastoral do Migrante da Diocese de Rio Grande  - RS promove no próximo sábado, dia 18, uma manhã de formação para agentes da pastoral e pessoas interessadas. 

O encontro tem início às 8h30min. na Paróquia São Judas Tadeu. Um dos objetivo do evento é debater o fenômeno migratório vivenciado em Rio Grande, preparando-se para atuar junto aos milhares de migrantes que já estão trabalhando na 
cidade e perceber que eles são nossos irmãos.

Com informações da Irmã Nyzelle Dondé
por Camila Panassolo http://redesul.am.br/N/G/125466

terça-feira, 14 de maio de 2013


Onze imigrantes ilegais de Bangladesh são detidos na PR-323

Bengaleses iriam trabalhar ilegalmente em frigoríferos da região Noroeste. De acordo com a PRE, estrangeiros foram encontrados em ônibus que seguia de Campo Grande para Maringá
Onze imigrantes ilegais de Bangladesh foram detidos pelas polícias Federal (PF) e Rodoviária Estadual (PRE) na PR-323 entre o distrito de Guaiporã e Cafezal do Sul, na região Noroeste do Paraná, no sábado (11). De acordo com a PRE, os imigrantes foram encontrados durante a Operação Fronteira Oeste, da PF em parceria com a Rotam, em uma abordagem a um ônibus da Viação Umuarama que fazia a linha Campo Grande (MS) – Maringá (PR). Nenhum dos bengaleses possuía visto para entrada no Brasil.
De acordo com o sargento responsável pela operação, Gilson Cardoso Fahur, da 4ª Companhia de Polícia Rodoviária da Rotam, os estrangeiros embarcaram em Guaíra, na fronteira com o Paraguai e iriam desembarcar em Cruzeiro do Oeste, a 135 quilômetros de Maringá para trabalhar. Segundo o sargento, os imigrantes teriam entrado na América Latina pela Bolívia, passaram pelo Paraguai e seguiram até Guaíra por vias terrestres.
Em depoimento à polícia, os imigrantes, com idade entre 20 e 25 anos, contaram que iriam trabalhar em frigoríferos de frango da região Noroeste por salários que variam entre R$ 1 mil e R$ 1,7 mil. “O salário é o maior atrativo para esses jovens imigrantes. Eles disseram que a média salarial deles em Bangladesh era o equivalente a R$ 200”, afirma o sargento Fahur.
Após entrarem em contato com um imigrante bengalês que vive há cerca de três anos em Cruzeiro do Oeste, os imigrantes ilegais foram liberados. A Polícia Federal recolheu todos os passaportes e orientou os bengaleses para que eles realizem o trâmite legal para trabalhar no Brasil. Se não legalizarem suas situações poderão ser deportados.
Após serem liberados pela PF, os estrangeiros foram para a casa do conterrâneo que vive em Cruzeiro do Oeste. A relação do grupo e do homem será investigada pela Polícia Federal.
Esquema
O sargento Gilson Cardoso Fahur afirma que é cada vez mais comum a entrada de imigrantes ilegais no Brasil por fronteiras terrestres, como Guaíra. O crescimento econômico brasileiro e eventos esportivos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, que serão realizadas nos próximos anos no país, são os principais atrativos para os estrangeiros, segundo a polícia.
Fahur explica que esses trabalhadores são aliciados por coiotes que vivem no Brasil. Na maioria das vezes, os coiotes são estrangeiros que vivem legalizados no país e realizam as negociações entre os empregadores brasileiros e trabalhadores estrangeiros.
“Como a prática é cada vez mais comum, o número de operações da PF e das polícias rodoviárias deve se intensificar em rodovias que levam às fronteiras”, diz o sargento Fahur.
O número de trabalhadores estrangeiros ilegais localizados pela polícia no Paraná neste ano foi solicitado à assessoria de imprensa da Polícia Federal. No entanto, até às 16h30 desta segunda-feira (13) a reportagem da Gazeta Maringá não havia recebido o retorno.

quinta-feira, 9 de maio de 2013


FIM DA ‘REPÚBLICA’ DO HAITI NO CENTRO DE SP

Despejo põe fim à ‘república do Haiti’ no centro de SP.
Sob o olhar atento de policiais militares e federais, cerca de cem imigrantes haitianos deixaram no início da manhã de ontem (07/05/2013) um imóvel que, até a semana passada, ocupavam sem saber que estava em situação irregular.
Era o fim, como base numa decisão judicial, de uma espécie de república informal de haitianos instalada no centro de São Paulo. Entre os despejados, há de pedreiros a sociólogos, com idade entre 13 e 40 anos.
Todos estão na cidade em busca de emprego, mas a maioria está sem ocupação e se sustenta com dinheiro enviado pela família. Apenas três deles falam português, mas com o sotaque bem carregado.
Eles receberam a ordem de despejo na quarta-feira passada. Só então ficaram sabendo que o imóvel é alvo de litígio há mais de 15 anos devido a uma ação trabalhista.
Os haitianos pagavam aluguel a um homem identificado apenas como Marcos, responsável por pagar as contas de água e energia.
Foi ele quem instalou divisórias e loteou o espaço, transformando o que era um grande vão em 26 “quartos”, e sublocou essas unidades.
Cada inquilino pagava R$ 350 por um lote, alguns deles um pouco maiores que uma cama de casal. Aqueles que conseguiram mais espaço puderam mobiliá-lo com fogão e geladeira.
“Há dois meses, talvez já sabendo que viria a decisão, Marcos sumiu e deixou de pagar as contas”, disse o pedreiro Odaniel Joune, 34, natural de Saint Michel de l’Attalaye
Sem luz e água quente, essa centena de haitianos se revezava para usar dois banheiros, um deles sem a torneira da pia. O forte odor revelava a dificuldade de manter a higiene no local. Um rato cruzou o caminho da reportagem durante uma entrevista.
Retirada
Ontem (07/05/2013), a polícia chegou ao local no final da madrugada. Todos deixaram o imóvel de forma pacífica e até com bom humor. Os sorrisos e as brincadeiras, no entanto, não escondiam uma apreensão: onde dormiriam naquela noite?
Eles foram encaminhados para abrigos, segundo Mônica Quenca, assistente social da Missão Paz, ONG responsável pelo atendimento aos estrangeiros e pela intermediação com a prefeitura. Já os móveis foram todos levados para um depósito.
“Eles não serão deportados. Muitos estão com a documentação regularizada, e os que não têm vão receber passaporte humanitário”, disse.
Universitários, haitianos falam cinco línguas e atuam como intérpretes
Entre os haitianos despejados, em meio a dezenas de analfabetos, Elysee Augustin, 37, e Jean Denis Alaime, 29, aparecem como exceções.
Falam inglês, francês, espanhol, português e creole, a língua nativa, e atuaram como intérpretes nas entrevistas da Folha com os colegas.
Augustin é formado em sociologia e iniciou um mestrado em antropologia na República Dominicana, enquanto o Alaime fez faculdade de engenharia industrial, também no país vizinho ao Haiti.
A forma como os dois chegaram ao Brasil também foi diferente. Eles pagaram cerca de US$ 2.500 por uma passagem de avião, com escala no Panamá.
A maioria dos demais, no entanto, entrou sem visto, por via terrestre, contratando “coiotes” para atravessar a fronteira, num itinerário que passa por Panamá, Equador e Peru até chegar à fronteira com o Acre.
Augustin disse que preferiu o Brasil aos EUA por questões ideológicas. “Os americanos fizeram muito mal ao povo haitiano”, disse.
Há dez meses em São Paulo, ajuda os recém-chegados, iniciando-os no português e dando orientações sobre como regularizar a documentação e procurar trabalho.
Ele disse que até já conseguiu um emprego, mas desistiu. “No Haiti, eu era sociólogo, mas aqui o máximo que consegui foi ser gerente do McDonald’s”, disse.
Alaime também reclama. No Haiti era professor de línguas, mas no Brasil só conseguiu trabalhar como auxiliar numa empresa. Por isso, pensa em voltar a estudar. “Tenho que ver como o mercado está e de que tipo de profissionais o Brasil precisa.”
Minoria
No grupo de despejados, apenas quatro mulheres, todas desempregadas. Uma delas conseguiu emprego, mas logo foi demitida. O desconhecimento da língua é o maior problema, segundo Darvil Syna, 27, que está no Brasil há quatro meses.
“Não fiquei muito tempo porque não entendia a língua”, disse Darvil, antes de relatar o desejo de não retornar ao Haiti. “Lá não há emprego para quem não é simpatizante do governo”, disse.
Em vez disso, ela afirma ter esperanças de encontrar um emprego no Brasil e ganhar dinheiro suficiente para trazer o resto de sua família.
Valmar Huspsel Filho
(Folha de SP – 08/05/2013)

terça-feira, 7 de maio de 2013


HAITIANOS CONTRATADOS NO SUL AJUDAM FAMILIARES NO HAITI

Os imigrantes haitianos contratados por empresas do Rio Grande do Sul têm o hábito de reservar parte do salário para enviar aos parentes que ficaram no país. Desde 2012, quando intensificou a entrada irregular desses imigrantes no Brasil, pela fronteira do Acre com o Peru e a Bolívia, por volta de 400 deles foram contratados por empresas gaúchas.
O levantamento é da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A assessora de Relações Internacionais da comissão, Sandra Vial, disse à Agência Brasil que, em geral, os imigrantes enviam mensalmente US$ 100 (cerca de R$ 200) por mês às famílias.
“Agora, nós estamos trabalhando aqui para conseguir que eles possam enviar o dinheiro aos familiares no Haiti livres do pagamento de taxas. Qualquer US$ 5 (cerca de R$ 10) é muito dinheiro para eles”, ressaltou Sandra Vial. Ela destacou que a comissão, desde junho do ano passado, não recebe denúncia de violação de direitos humanos praticada por empresários gaúchos.
O perfil dos haitianos aponta que alguns têm formação profissional – como médicos, advogados e engenheiros. Para a assessora da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, a imigração “em massa” tem causado danos irreparáveis ao Haiti. “A única saída é pressionar as Nações Unidas para que priorize a reconstrução do país, destruído pelo terremoto de 2012″, ponderou Sandra Vial.
A Indústria e Comércio de Massas Romena, em Gravataí (RS), tem 30 haitianos no quadro de pessoal. A responsável pelo setor de Recursos Humanos da empresa, Raquel Hubner, disse que 21 foram contratados em 2012 e os demais chegaram por conta própria. A maioria trabalha no transporte de mercadorias, e dez mulheres atuam na cozinha. “Eles são dedicados e não faltam”, observou a funcionária da empresa alimentícia. A indústria está investindo em aulas de português, a pedido dos próprios haitianos.
Para Raquel Hubner, ainda existe resistência, por desconhecimento, por parte das empresas na hora de contratar os haitianos. Em março, ela disse que a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina enviou uma comissão à fábrica para conhecer o trabalho dos imigrantes e buscar informações sobre o desempenho deles.
(Agência Brasil – 02/05/2013)

segunda-feira, 6 de maio de 2013


Missionárias Scalabrinianas em estudos para reforçar carisma de defender migrantes

Evento de formação permanente recebe irmãs de seis províncias

Irmãs representantes de todos os continentes e das seis províncias que compõem a Congregação. (Foto: News MSCS)
Irmãs representantes de todos os continentes e das seis províncias que compõem a Congregação. (Foto: News MSCS)
As Missionárias Scalabrinianas estão reunidas na Itália, em evento de formação permanente. Participam as missionárias das seis províncias que integram a da congregação. O objetivo é reforçar a identidade das irmãs, cujo carisma é acompanhar os migrantes. Esta é uma das notícias do Jornal da Igreja deste fim de semana.

O programa vai ao ar às 20h30 na RedeSul de rádio, São Francisco de Caxias do Sul, Fátima de Vacaria, Cacique de Lagoa Vermelha, Alvorada de Marau, Veranense de Veranópolis, Garibaldi de Garibaldi, Maristela de Torres, Sarandi de Sarandi, Cristal de Soledade, Rosário de Serafina Corrêa, Aurora de Guaporé, Cultura de Campos Novos e Webradio Migrantes.

Na edição deste fim de semana, as manchetes do site da Rede Católica de Rádio (RCR), www.rcr.org.br e do Correio Riograndense, edição desta semana, www.correioriograndense.com.br. Anda tras como notícias, responsável pela agenda do Papa retorna a Roma com propostas da JMJ, diocese de Osório promove momento de formação, Serafina Corrêa realiza Romaria ao Santuário de Nossa Senhora do Rosário, 8º Mutirão Brasileiro de Comunicação publica o Hino vencedor. Na Palavra da CNBB: Dom Emílio Pignoli, bispo emérito de Campo Limpo em São Paulo fala da intenção geral do mês de maio do Papa Francisco e na Voz do Vaticano, Papa Francisco fala sobre as trevas e a confissão.
por José Theodoro (Rádio São Francisco), 

sexta-feira, 3 de maio de 2013


 Alguns eventos com a temática de Migração, na Missão Paz- São Paulo, no mes de maio.


Migrar, Mais do que passos - Sérgio Ricciuto


03/05 a 19/05 - Sesc Bom Retiro
Lá e Cá - Os Livros Viajantes. A mostra contém ilustrações dos artistas
portugueses, com a criação de um mar cenográfico onde navegarão as
ilustrações de Portugal para o Brasil.

05/05, 15h, Marquise do Parque do Ibirapuera
Parada Migrante - Celebração de manifestações artísticas de várias
nacionalidades que formam São Paulo

07/05 - Assembleia Legislativa de SP
Audiência Pública sobre a futura lei de migração com a presença de
imigrantes e sociedade civil.

07/05 a 14/05, 19h00 - Estação Júlio Prestes
Exposição "Viagem, Sonho e Destino"

09/05/2013, 19h00 - Instituto Cervantes
Apresentação inaugural do vídeo sobre Oficina de Costura Modelo, com
presença do Pe. Mário Geremia, que desenvolveu o vídeo

10/05 - Brasília: Seminário internacional vidas em trânsito

16/05 e 17/05 - PUC
Seminário "Migração, Trabalho e Cidadania"

19/05/13, 19h00 - Missão Paz
Festa da Bandeira Haitiana 


Fonte: Nucleo Interdiciplinar de Estudos Migratórios- NIEM

quinta-feira, 2 de maio de 2013



FLORIPA - SC, INOVA PARA ATRAIR IMIGRANTES

Falta de mão-de-obra qualificada faz empresas contratarem estrangeiros. Só em Florianópolis, mais de 500 empresas estão à caça de mão-de-obra, e já buscam trabalhadores em outros países.
No setor de tecnologia, sobram vagas para profissionais qualificados. Só em Florianópolis, mais de 500 empresas estão à caça de mão-de-obra, e já buscam trabalhadores em outros países.
Pantufas, meias, pés descalços. aqui, vale tudo. menos andar pelo escritório usando sapatos. dá até pra trabalhar assim, bem a vontade, sem medo de levar bronca do chefe. foi a maneira que a empresa encontrou de fazer o funcionário se sentir em casa.
“Buscando criar um ambiente que fosse mais interessante para os profissionais de tecnologia, muito inspirado no que acontece nos Estados Unidos, principalmente no Vale do Silício”, explica o diretor de gestão de pessoas Anderson Nielson.
Nem oferecendo tantas vantagens, o patrão consegue driblar a falta de mão-de-obra. A empresa tem 60 funcionários contratados e outras 60 vagas em aberto, uma conta que não fecha.
Desde o ano passado, Santa Catarina tem 2.500 vagas abertas no setor de tecnologia que nunca são preenchidas.
Como o mercado está em constante crescimento, cada vez que alguém é contratado, uma nova oportunidade já surge. Por isso, hoje, em quase todas as empresas, há uma cadeira vazia a espera de um profissional.
O jeito foi buscar a solução fora do país. Em uma empresa, 10% dos funcionários são estrangeiros. É o caso do espanhol Marcel Ruiz Forns, que já fala o português quase sem sotaque. “Vários amigos nossos brasileiros nos falaram da cidade e a gente tinha muita vontade de conhecer. Aí foi uma das cidades onde a gente procurou trabalho“, conta.
Procurou e foi contratado na mesma hora. Florianópolis é a primeira cidade do Brasil a criar uma lei de incentivo tecnológico. Ela vai permitir, por exemplo, que estrangeiros aluguem imóveis com mais facilidade e consigam o visto de trabalho com menos burocracia.
“Se todos querem morar aqui, nós temos que criar um ambiente de negócios favorável a receber pessoas inteligentes, que queiram desenvolver aqui seus negócios. A indústria da tecnologia já mostrou isso no vale do silício, na Califórnia. Nós queremos ser a Califórnia brasileira“, afirma o secretário de Ciência e Tecnologia de Florianópolis Rui Gonçalves.
Darien trocou os Estados Unidos por Santa Catarina. “O Brasil é uns país divertido, com lugares bonitos, pessoas maravilhosas, e cheio de oportunidades”, diz.
Edivaldo Dondossola

Acompanhando cidadãos do Haiti que tentam a vida no Brasil –, encontramos no Paraná o haitiano Navius Saint-Paul, de 34 anos.
Para tentar a vida em português, Navius deixou Gonaíves, no norte do país. Advogado, ganhava a vida dando aulas de espanhol e francês. Ele hoje trabalha em Indianópolis, região de Maringá, como pegador de frangos na empresa GT Foods, a mesma que acaba de recrutar no Acre um grupo de 46 haitianos para aviários paranaenses.
Casado com Genese, de 31 anos, Navius é pai de Nagethanaelle, de 5 anos, e de Wilgena, de 3 anos. Ele sonha em trazer a família para o Brasil. ”Queria saber como posso fazer para trazer minha família”, perguntava o haitiano, procurando as palavras em seu novo idioma, no final da quarta-feira, em Indianópolis.
No portão da Frangos Canção, uma das empresas do GT Foods, onde recepcionava compatriotas que chegavam do Acre para trabalhar nos aviários, Navius contou que é um dos haitianos que chegaram ao Brasil em 2012, por Manaus, e que fazem parte da primeira experiência da empresa com 10 imigrantes contratados em novembro.
Protestante, assíduo frequentador da Assembleia de Deus na cidade, já adaptado à vida na pequena Indianópolis, de cerca de 3,5 mil habitantes, Navius (que na foto de Filipe Araújo/Estadão está sentado diante de um laptop, acompanhado por haitianos) contou que na fuga do desemprego foi obrigado a morar um mês no Equador e outro no Peru – até conseguir o emprego no Paraná.
“Estou feliz aqui no Brasil”, contou o advogado, depois de cumprir uma jornada de 8 horas, iniciada às 22h da terça-feira, de catador de frango em um aviário. “Mas quero trazer minha família”, repetia.
“Mesi anpil”, disse Navius, ao final da entrevista, ensinando como faz agradecimento em creole, a língua nativa do Haiti.

quarta-feira, 1 de maio de 2013


Paraná, terra dos sonhos dos haitianos

Recrutados no Acre, onde viviam em precárias condições num alojamento, imigrantes que fugiram da miséria em seu país encontram trabalho em granja

Pablo Pereira, enviado especial a Idnianópolis - O Estado de S. Paulo
Eles deixaram o Haiti, país que ainda sofre os efeitos da devastação do terremoto de 2010, em busca de vida nova. Passaram pela República Dominicana, Equador e Peru e entraram no Brasil pela Amazônia. Os haitianos Jonas Philistin, 40 anos, que chegou pelo Acre e viveu mais de mês no precário abrigo de refugiados de Brasileia, e Wisly Septembre, 25, que veio por Tabatinga (AM), em outubro de 2012, se conheceram na semana passada em Indianópolis, no interior do Paraná. O encontro dos dois ocorreu na sala de treinamento da empresa Frangos Canção, na qual Wisly já trabalha há seis meses, e que recrutou um grupo de 46 haitianos em Brasileia para trabalhar em aviários na região de Maringá. A empresa tem 6 mil trabalhadores.
Imigrante Carlo Alexis arrumou emprego de catador de frango em granja no Paraná - Filipe Araújo/ Estadão
Filipe Araújo/ Estadão
Imigrante Carlo Alexis arrumou emprego de catador de frango em granja no Paraná
Na quarta-feira, o Estado acompanhou o processo de integração profissional dos haitianos no Paraná. Wisly se esforçava para traduzir para os compatriotas os detalhes do contrato brasileiro de trabalho.
Wisly emigrou pela República Dominicana, de onde viajou de avião para Quito. De lá, de ônibus e barco atravessou o Peru até Tabatinga. Após travessia de quatro dias pelo rio, chegou a Manaus, onde ficou 22 dias com auxílio da Pastoral do Imigrante da Igreja Católica. "De Manaus para Maringá vim de avião", lembra o haitiano, que faz parte do grupo pioneiro de dez imigrantes que chegou à empresa.
Simpático, se esforçando para falar português, Wisly ajuda na tradução de creole (idioma nativo do Haiti) e do francês, facilitando o processo de adaptação dos escolhidos no abrigo de Brasileia pelo gerente de Recursos Humanos da empresa, Osni Manteli.
Emergência. Diante do acúmulo de imigrantes na fronteira do Brasil com Bolívia e Peru, as condições de vida no abrigo no Acre pioraram – os mais de 1,3 mil haitianos passaram quase um mês lutando por comida, dormindo ao relento, sem local para higiene. Alertado por um decreto de emergência do governador Tião Viana (PT), no começo do mês, o governo federal formou uma equipe para atender à demanda por documentação, regularização e assistência de saúde e alimentação. O abrigo ainda tem 900 imigrantes. "Eles continuam chegando", diz o coordenador de Direitos Humanos do Estado, Damião Borges de Melo.
Com a ajuda da força-tarefa do governo federal, organizada pelo Ministério da Justiça, as autoridades do Acre conseguiram viabilizar a retirada em uma semana de pelo menos 400 haitianos, que partiram com documentos regulares, como ocorreu com o grupo levado ao Paraná.
Acampamento. Foi no acampamento do Acre que o executivo da Frangos Canção encontrou parte da mão de obra que procurava. Com exportação de frango para mais de 70 países, além de abastecer 23 Estados, e faturamento de R$ 980 milhões em 2012, a empresa acaba de comprar duas unidades de produção em Santa Catarina.
"Discutimos o assunto dos haitianos e chegamos à conclusão de que poderíamos encontrar uma boa solução para nós e para eles", disse Ciliomar Tortola, diretor de operações da GT Foods. Além da Frangos Canção, o grupo tem outras três marcas. A empresa tem seis plantas de abate com capacidade para processar 470 mil frangos/dia. "Vamos olhar para eles (imigrantes) com cuidado", disse Tortola, ao saber que há no grupo haitianos que falam francês, espanhol, inglês, além do creole, e têm formação superior.
É o caso do recém-chegado Chealove Felix, de 25 anos. Interessado em estudar comunicações no Brasil, Chealove é radialista e era um dos 43 imigrantes em Indianópolis. Falando francês, perguntava como deveria fazer para trazer a namorada.
Convívio. Circulando pela cidade após o expediente, os cidadãos haitianos que chegaram antes acompanham os novatos. Eles lotam a lan house da praça principal de Indianópolis para se comunicar via internet com parentes que vivem no Caribe.
Para o haitiano Carlo Alexis, de 31 anos, um dos "ranmase poul", que no creole quer dizer "pegando galinhas", o trabalho de encaixar frangos e carregar caminhões era a oportunidade esperada.
Evangélico, Alexis trabalha em uma das 11 equipes dirigidas pelo coordenador Paulo Cesar Leite, encarregado da operação nas granjas.
Com contratos de trabalho temporário, por causa da exigência de renovação das carteiras especiais de imigrantes, que vencem em prazo de seis meses, os haitianos vão ocupar três casas alugadas pela empresa na cidade por 90 dias. Depois desse prazo, terão de pagar seus aluguéis e outras despesas.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,parana-terra-dos-sonhos-dos-haitianos,1023499,0.htm