segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Mensagem de Bento XVI para o DIa Mundial do MIgrante e do Refugiado de 2013



papa-escrevendoA Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou na manhã de sexta-feira, 26 de outubro, a Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado de 2013. O tema da Mensagem é: “Migrações: peregrinação de fé e de esperança”.
Leia a seguir a íntegra da Mensagem.
Queridos irmãos e irmãs!
Na Constituição pastoral Gaudium et spes, o Concílio Ecuménico Vaticano II recordou que «a Igreja caminha juntamente com toda a humanidade» (n. 40), pelo que «as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração» (ibid., 1). Na linha destas afirmações, o Servo de Deus Paulo VI designou a Igreja como sendo «perita em humanidade» (Enc. Populorum progressio, 13), e o Beato João Paulo II escreveu que a pessoa humana é «o primeiro caminho que a Igreja deve percorrer na realização da sua missão (...), caminho traçado pelo próprio Cristo» (Enc. Centesimus annus, 53). Na esteira dos meus Predecessores, quis especificar –na Encíclica Caritas in veritate – que «a Igreja inteira, em todo o seu ser e agir, quando anuncia, celebra e atua na caridade, tende a promover o desenvolvimento integral do homem» (n. 11), referindo-me também aos milhões de homens e mulheres que, por diversas razões, vivem a experiência da emigração. Na verdade, os fluxos migratórios são «um fenómeno impressionante pela quantidade de pessoas envolvidas, pelas problemáticas sociais, económicas, políticas, culturais e religiosas que levanta, pelos desafios dramáticos que coloca à comunidade nacional e internacional» (ibid., 62), porque «todo o migrante é uma pessoa humana e, enquanto tal, possui direitos fundamentais inalienáveis que hão-de ser respeitados por todos em qualquer situação» (ibidem).
Neste contexto, em concomitância com as celebrações do cinquentenário da abertura do Concílio Ecuménico Vaticano II e do sexagésimo aniversário da promulgação da Constituição apostólica Exsul familia e quando toda a Igreja está comprometida na vivência do Ano da Fé abraçando com entusiasmo o desafio da nova evangelização, quis dedicar a Jornada Mundial do Migrante e do Refugiado de 2013 ao tema «Migrações: peregrinação de fé e de esperança».
Na realidade, fé e esperança formam um binómio indivisível no coração de muitos migrantes, dado que neles existe o desejo de uma vida melhor, frequentemente unido ao intento de ultrapassar o «desespero» de um futuro impossível de construir. Ao mesmo tempo, muitos encetam a viagem animados por uma profunda confiança de que Deus não abandona as suas criaturas e de que tal conforto torna mais suportáveis as feridas do desenraizamento e da separação, talvez com a recôndita esperança de um futuro regresso à terra de origem. Por isso, fé e esperança enchem muitas vezes a bagagem daqueles que emigram, cientes de que, com elas, «podemos enfrentar o nosso tempo presente: o presente, ainda que custoso, pode ser vivido e aceite, se levar a uma meta e se pudermos estar seguros desta meta, se esta meta for tão grande que justifique a canseira do caminho» (Enc. Spe salvi, 1).
No vasto campo das migrações, a solicitude materna da Igreja estende-se em diversas direções. Por um lado a sua solicitude contempla as migrações sob o perfil dominante da pobreza e do sofrimento que muitas vezes produz dramas e tragédias, intervindo lá com ações concretas de socorro que visam resolver as numerosas emergências, graças à generosa dedicação de indivíduos e de grupos, associações de voluntariado e movimentos, organismos paroquiais e diocesanos, em colaboração com todas as pessoas de boa vontade. E, por outro, a Igreja não deixa de evidenciar também os aspectos positivos, as potencialidades de bem e os recursos de que as migrações são portadoras; e, nesta direção, ganham corpo as intervenções de acolhimento que favorecem e acompanham uma inserção integral dos migrantes, requerentes de asilo e refugiados no novo contexto sociocultural, sem descuidar a dimensão religiosa, essencial para a vida de cada pessoa. Ora a Igreja, pela própria missão que lhe foi confiada por Cristo, é chamada a prestar particular atenção e solicitude precisamente a esta dimensão: ela constitui o seu dever mais importante e específico. Visto que os fiéis cristãos provêm das várias partes do mundo, a solicitude pela dimensão religiosa engloba também o diálogo ecuménico e a atenção às novas comunidades; ao passo que, para os fiéis católicos, se traduz, entre outras coisas, na criação de novas estruturas pastorais e na valorização dos diversos ritos, até se chegar à plena participação na vida da comunidade eclesial local. Entretanto, a promoção humana caminha lado a lado com a comunhão espiritual, que abre os caminhos «a uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo» (Carta ap. Porta fidei, 6). É sempre um dom precioso tudo aquilo que a Igreja proporciona visando conduzir ao encontro de Cristo, que abre para uma esperança sólida e credível.
A Igreja e as diversas realidades que nela se inspiram são chamadas a evitar o risco do mero assistencialismo na sua relação com os migrantes e refugiados, procurando favorecer a autêntica integração numa sociedade onde todos sejam membros activos e responsáveis pelo bem-estar do outro, prestando generosamente as suas contribuições originais, com pleno direito de cidadania e participação nos mesmos direitos e deveres. Aqueles que emigram trazem consigo sentimentos de confiança e de esperança que animam e alentam a procura de melhores oportunidades de vida; mas eles não procuram apenas a melhoria da sua condição económica, social ou política. É verdade que a viagem migratória muitas vezes inicia com o medo, sobretudo quando perseguições e violências obrigam a fugir, com o trauma de abandonar os familiares e os bens que, em certa medida, asseguravam a sobrevivência; e, todavia, o sofrimento, as enormes perdas e às vezes um sentido de alienação diante do futuro incerto não destroem o sonho de reconstruir, com esperança e coragem, a vida num país estrangeiro. Na verdade, aqueles que emigram nutrem a confiança de encontrar acolhimento, obter ajuda solidária e entrar em contato com pessoas que, compreendendo as contrariedades e a tragédia dos seus semelhantes e também reconhecendo os valores e recursos de que eles são portadores, estejam dispostas a compartilhar humanidade e bens materiais com quem é necessitado e desfavorecido. Na realidade, é preciso reafirmar que «a solidariedade universal é para nós um facto e um benefício, mas também um dever» (Enc. Caritas in veritate, 43). E assim, a par das dificuldades, os migrantes e refugiados podem experimentar também relações novas e hospitaleiras que os encorajem a contribuir para o bem-estar dos países de chegada com suas competências profissionais, o seu património sociocultural e também com o seu testemunho de fé, que muitas vezes dá impulso às comunidades de antiga tradição cristã, encoraja a encontrar Cristo e convida a conhecer a Igreja.
É verdade que cada Estado tem o direito de regular os fluxos migratórios e implementar políticas ditadas pelas exigências gerais do bem comum, mas assegurando sempre o respeito pela dignidade de cada pessoa. O direito que a pessoa tem de emigrar – como recorda o número 65 da Constituição conciliar Gaudium et spes – conta-se entre os direitos humanos fundamentais, com faculdade de cada um se estabelecer onde crê mais oportuno para uma melhor realização das suas capacidades e aspirações e dos seus projetos. No contexto sociopolítico atual, porém, ainda antes do direito a emigrar há que reafirmar o direito a não emigrar, isto é, a ter condições para permanecer na própria terra, podendo repetir, com o Beato João Paulo II, que «o direito primeiro do homem é viver na própria pátria. Este direito, entretanto, só se torna efetivo se se têm sob controle os fatores que impelem à emigração (Discurso ao IV Congresso Mundial das Migrações, 9 de Outubro de 1998). De facto, hoje vemos que muitas migrações são consequência da precariedade económica, da carência dos bens essenciais, de calamidades naturais, de guerras e desordens sociais. Então emigrar, em vez de uma peregrinação animada pela confiança, pela fé e a esperança, torna-se um «calvário» de sobrevivência, onde homens e mulheres resultam mais vítimas do que autores e responsáveis das suas vicissitudes de migrante. Assim, enquanto há migrantes que alcançam uma boa posição e vivem com dignidade e adequada integração num ambiente de acolhimento, existem muitos outros que vivem em condições de marginalidade e, por vezes, de exploração e privação dos direitos humanos fundamentais, ou até assumem comportamentos danosos para a sociedade onde vivem. O caminho da integração compreende direitos e deveres, solicitude e cuidado pelos migrantes para que levem uma vida decorosa, mas supõe também a atenção dos migrantes aos valores que lhes proporciona a sociedade onde se inserem.
A este respeito, não podemos esquecer a questão da imigração ilegal, que se torna ainda mais impelente nos casos em que esta se configura como tráfico e exploração de pessoas, com maior risco para as mulheres e crianças. Tais delitos hão-de ser decididamente condenados e punidos, ao mesmo tempo que uma gestão regulamentada dos fluxos migratórios – que não se reduza ao encerramento hermético das fronteiras, ao agravamento das sanções contra os ilegais e à adopção de medidas que desencorajem novos ingressos – poderia pelo menos limitar o perigo de muitos migrantes acabarem vítimas dos referidos tráficos. Na verdade, hoje mais do que nunca são oportunas intervenções orgânicas e multilaterais para o desenvolvimento dos países de origem, medidas eficazes para erradicar o tráfico de pessoas, programas orgânicos dos fluxos de entrada legal, maior disponibilidade para considerar os casos individuais que requerem intervenções de proteção humanitária bem como de asilo político. As normativas adequadas devem estar associadas com uma paciente e constante ação de formação da mentalidade e das consciências. Em tudo isto, é importante reforçar e desenvolver as relações de bom entendimento e cooperação entre realidades eclesiais e institucionais que estão ao serviço do desenvolvimento integral da pessoa humana. Na perspectiva cristã, o compromisso social e humanitário recebe força da fidelidade ao Evangelho, com a consciência de que «aquele que segue Cristo, o homem perfeito, torna-se mais homem» (Gaudium et spes, 41).
Queridos irmãos e irmãs migrantes, oxalá esta Jornada Mundial vos ajude a renovar a confiança e a esperança no Senhor, que está sempre junto de vós! Não percais ocasião de encontrá-Lo e reconhecer o seu rosto nos gestos de bondade que recebeis ao longo da vossa peregrinação de migrantes. Alegrai-vos porque o Senhor está ao vosso lado e, com Ele, podereis superar obstáculos e dificuldades, valorizando os testemunhos de abertura e acolhimento que muitos vos oferecem. Na verdade, «a vida é como uma viagem no mar da história, com frequência enevoada e tempestuosa, uma viagem na qual perscrutamos os astros que nos indicam a rota. As verdadeiras estrelas da nossa vida são as pessoas que souberam viver com retidão. Elas são luzes de esperança. Certamente, Jesus Cristo é a luz por antonomásia, o sol erguido sobre todas as trevas da história. Mas, para chegar até Ele, precisamos também de luzes vizinhas, de pessoas que dão luz recebida da luz d'Ele e oferecem, assim, orientação para a nossa travessia» (Enc. Spe salvi, 49). Confio cada um de vós à Bem-aventurada Virgem Maria, sinal de consolação e segura esperança, «estrela do caminho», que nos acompanha com a sua materna presença em cada momento da vida, e, com afeto, a todos concedo a Bênção Apostólica.
Vaticano, 12 de Outubro de 2012.
Fonte: http://fmemaus.webnode.com

Sínodo dos Bispos encerra com três linhas pastorais para a Nova Evangelização

Missa de encerramento do Sínodo aconteceu na manhã desta segunda-feira,29 na Basílica São Pedro

Encerrou na manhã desta segunda-feira, 29 em Roma o Sínodo dos Bispos. Uma celebração foi realizada na Basílica de São Pedro que, estava repleta de fiéis que participaram na celebração litúrgica de encerramento do Sínodo dos Bispos sobre a nova evangelização.

Com o Santo Padre celebraram também mais de cem cardeais e bispos que, ao longo de três semanas, estiveram reunidos no Vaticano para refletir sobre a forma de reavivar a vivência evangélica dos católicos no mundo de hoje.

A leitura do Evangelho de São Marcos deste domingo serviu de inspiração ao Papa para a sua homilia como um modelo para aquelas pessoas que vivem em regiões de antiga evangelização, onde a luz da fé se ofuscou, e se afastaram de Deus, deixando de O considerar relevante para a própria vida”.

Na ocasião, Bento XVI, realçou três linhas pastorais que emergiram do Sínodo:

“A primeira diz respeito aos Sacramentos da iniciação cristã. Foi reafirmada a necessidade de acompanhar com uma catequese adequada, a preparação para o Baptismo, a Confirmação e a Eucaristia”.

O Papa recordou a este respeito que foi também reiterada a importância da Penitência, Sacramento da misericórdia de Deus, e que a figura dos Santos foi indicada como protagonistas da nova evangelização, pois que, com o exemplo da vida e as obras de caridade, falam uma linguagem acessível a todos.

Como segunda linha de evangelização, Bento XVI indicou a missão ad gentes, para a qual são chamados consagrados e leigos.

“Foi sublinhado que há muitos ambientes em África, Ásia e Oceânia, onde os habitantes aguardam com viva expectativa – às vezes sem estar plenamente conscientes disso – o primeiro anuncio do Evangelho. Por isso é preciso pedir ao Espírito Santo que suscite na Igreja um renovado dinamismo missionário, cujos protagonistas sejam, de modo especial, os agentes pastorais e féis leigos”.

Frisando que com a globalização e a deslocação de populações a missão ad gentes torna-se necessária também nos países de antiga evangelização, o Papa passou à terceira linha pastoral desta nova evangelização.

“Um terceiro aspecto diz respeito ás pessoas baptizadas que, porém não vivem as exigências do Baptismo”.

Estas pessoas – constatou-se no Sínodo - encontram-se em todos os continentes, especialmente no mais secularizados. A Igreja dá-lhes particular atenção a fim de as levar a redescobrir a alegria da fé em Cristo – referiu o Papa acrescentando ainda que para pôr em práticas estas três linhas pastorais com vista na nova evangelização, a Igreja, não se serve apenas dos métodos tradicionais de pastoral, mas procura também “lançar mão de novos métodos”, de novas linguagens mais apropriadas para as diversas culturas do mundo, a fim de implementar um diálogo na simpatia e amizade fundamenta em Deus.

Este esforço de criatividade pastoral já está a ser levada a cabo com algumas iniciativas como “o átrio dos gentios”, e a “missão continental", entre outras, indicou o Papa, confiante de que o Senhor abençoará abundantemente esses esforços. E rematou dizendo que os novos evangelizadores são pessoas que, como Bartimeu, voltaram a aproximar-se, com fé, a Jesus Cristo, tornaram-se discípulos e exultam de alegria, porque o Senhor fez nelas grandes coisas.

Com informações da Rádio Vaticano



Rio Grande do Sul cria comitê para migrantes, refugiados, apátridas e vítimas do tráfico de pessoas


Refugiados palestinos reassentados no Rio Grande do Sul. (ACNUR/ L.F.Godinho)
A Secretaria da Justiça e Direitos Humanos do Rio Grande do Sul formalizou nesta segunda (22) a criação do Comitê de Atenção a Migrantes, Refugiados, Apátridas e Vítimas do Tráfico de Pessoas(COMIRAT), que tem como objetivos incluir estas pessoas em políticas públicas, produzir conhecimento sobre estes temas e elaborar um plano de ação para estas populações.
“Neste cenário de agravamento da crise internacional e o estabelecimento de políticas restritivas para estrangeiros, o Brasil precisa liderar o debate, mostrando que o modelo que queremos deve ser de paz e solidariedade”, disse o Secretário de Justiça e Direitos Humanos do Rio Grande do Sul, Fabiano Pereira. Segundo ele, o COMIRAT atenderá de forma mais organizada quem chega ao Estado sem referência.
O COMIRAT é o quarto comitê constituído em nível estadual para lidar especificamente com questões de migração e refúgio. Os demais estão em São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. E é o primeiro a incluir apátridas – pessoas que por questões legislativas internas dos países não são reconhecidas como cidadãs de nenhuma nação e, portanto, impossibilitadas de acessar os serviços públicos e integrar-se.
“Colocar a apatridia no foco das discussões e reforçar a proteção a esta população vulnerável são grandes avanços. É uma boa prática do governo do Rio Grande do Sul que pode ser replicada em outros estados”, disse o representante do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) no Brasil, Andrés Ramirez. Segundo ele, o fato de o Comitê funcionar no âmbito da SJDH possibilitará também que os casos de tráfico de pessoas sejam tratados pelo viés dos direitos humanos, evitando a criminalização das vítimas, como muitas vezes acontece.
O Rio Grande do Sul tem aproximadamente 250 refugiados pelo programa de Reassentamento Solidário do ACNUR. A maioria é de nacionalidade colombiana, seguida por palestinos e uma pequena parte de afegãos. Em todo o Brasil, a população de refugiados está por volta de 4.600 pessoas de 70 nacionalidades diferentes. A maioria desta população vive nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Fonte: http://www.onu.org.br/

sábado, 27 de outubro de 2012


RS terá em 15 dias instalação do Comitê para migrantes, refugiados, apátridas e vítimas do tráfico

Garantia é da diretora de direitos humanos Tamara Soares

Dra. Tamara Biolo é diretora do SJDH
Dra. Tamara Biolo é diretora do SJDH
Está em vigor o decreto do governador gaúcho Tarso Genro que cria o quarto comitê para migrantes e refugiados no Brasil. O decreto publicado no Diário Oficial do Rio Grande do Sul nesta terça-feira (23) dá agora caráter oficial ao comitê e abre o período que prepara sua instalação.

Segundo a Diretora do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos (SJDH) Tamara Biolo Soares, o comitê fica denominado como Comerati - Comitê Estadual de Atenção à Migrantes, Refugiados, Apátridas e vítimas do Tráfico Humano. Caberá à Secretaria a coordenação do órgão.

O próximo passo, segundo Tamara Soares será a eleição pela sociedade civil das oito entidades civis que estarão compondo o órgão, em ação conjunta com órgãos públicos. “Talvez dentro de 15 dias, possamos fazer a nossa primeira reunião. Será uma composição muito ampla, decidimos incluir diversas secretarias estaduais para envolver os vários públicos a serem atendidos, inclusive em uma articulação com os municipios. Serâo convidados vários orgão e as universidades. Queremos que o comitê seja uma fonte de produção de estatísticas", garantiu.

Segunda diretora de direitos humanos, as atribuições do comitê serão amplas e vão desde monitorar as ações das instituições a propor serviços e ações específicos de atenção, defesa e promoção e destas categorias. O primeiro desafio, adiantou, será a formulação do Plano Estadual para atendimento das pessoas sujeitas à mobilidade.

"O comitê já nasce com este desafio, que é elaborar o Plano Estadual de Políticas de Atenção a Migrantes, Refugiados, Apátridas e Vítimas de Tráfico Humano, com diretrizes para todas as ações. Será a primeira atividades, uma vez que o comitê seja instalado e comece a reunir", pontuou

Dados divulgados pelo sociólogo Jurandir Zamberlam, que integra o Fórum Permanente de Mobilidade Humana no Rio Grande do Sul, apontam que o Brasil conta atualmente com 1,575 milhão de imigrantes (estrangeiros em solo brasileiro) com mais de 4 milhões de brasileiros vivendo fora do país, segundo Zamberlam.

Roseli Lara/ Rádio Migrantes
por Camila Panassolo (Web Rádio Migrantes), dia 24/10/2012 às 12:36

sexta-feira, 26 de outubro de 2012


PF prende chineses em Uruguaiana

BM PRENDE CHINESES QUE ATRAVESSARAM O RIO URUGUAI

ZERO HORA. 21 de outubro de 2012 | N° 17229

COIOTES DA FRONTEIRA



Seis chineses foram presos na manhã de sábado quando tentavam entrar ilegalmente no Brasil.

Eles atravessavam de barco o Rio Uruguai – que liga Paso de Los Libres, na Argentina, a Uruguaiana, na Fronteira Oeste – e foram pegos próximo à margem brasileira por volta das 7h. A Polícia Federal notificou o grupo, que registrava passagem pelos Emirados Árabes, e deu um prazo de três dias para que deixem o país.

A prisão foi feita pela Brigada Militar. Após receber denúncia anônima, os policiais se deslocaram para uma área próxima de onde costuma ocorrer o desembarque de imigrantes conduzidos por coiotes. O crime tem se tornado comum na região e vários casos foram registrados desde março, quando o movimento migratório irregular se intensificou. De acordo com a PF, em média 10 imigrantes por mês são impedidos de entrar no país.

Falando em mandarim e com dificuldades de comunicação em outras línguas, os imigrantes silenciam sobre os agenciadores da viagem. O coiote que conduzia o grupo dos seis chineses conseguiu escapar. No final de agosto, uma operação da PF deteve 13 chineses com entrada clandestina.


Fonte: http://policiadefronteira.blogspot.com.br/

Os Simbolos da Jornada Mundial de Juventude estão chegando no RS


SimEm poucos dias o Estado do Rio Grande do Sul acolherá os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Esta passagem ocorrerá durante todo o mês de novembro, iniciando pela recepção do Regional Sul 3 (Eaí?Tchê), seguindo para a primeira diocese de Novo Hamburgo. Após a passagem pelas 18 dioceses gaúchas, a Cruz e o Ícone percorrem o Cone Sul.

O Regional Sul 3, por sua vez, prepara uma grande recepção aos símbolos no Rio Grande do Sul. Este primeiro ato é a união da Igreja gaúcha com o poder público. Será realizado um Ato Solene na Assembleia Legislativa do Estado, contando com a presença de autoridades civis e religiosas. A solenidade ocorrerá no dia 31/10 às 17h.

A juventude gaúcha já se prepara intensamente para a ocorrência das edições diocesanas do Bote Fé, bem como para o Bote Fé Eaí?Tchê (Regional). Esta preparação consiste na execução das orientações fornecidas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), adaptadas para realidade local pelo Regional Sul 3 - Eaí?Tchê. O subsídio chama-se Encontros celebrativos e prevê a preparação espiritual do evento.

Percebe-se, de longe, a ansiedade dos jovens quanto à chegada deste importante momento para Igreja no Brasil. Para diminuir a ansiedade e também engajarem-se em unidade, o subsídio Encontros Celebrativos projeta a criação de uma bandeira do grupo. Esta bandeira servirá para representar a identidade do grupo ou expressão jovem. A união de todos estes carismas e expressões formarão, durante o encontro regional que realizar-se-á no dia 10/11 em Santa Maria, a partir das 14h o objetivo de toda movimentação: a juventude Católica. Com isso, percebe-se firmemente o objetivo central da passagem dos Símbolos: Nós queremos e botamos fé na Juventude!

Além dos grupos de todo o estado, as coordenações diocesanas da Juventude (Setor Juventude) estão apresentando suas bandeiras ao Eaí?Tchê para juntas representarem a unidade católica da juventude gaúcha.

Diante disso nota-se a importante mensagem que a vinda da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora trazem ao povo brasileiro, nesta ocasião, em especial à comunidade rio-grandense. O Eaí?Tchê e as dioceses têm muito para proporcionar a todo jovem gaúcho, portanto, depende de você fazer parte desta história. Não deixe de viver o Bote Fé na sua comunidade, diocese e estado.

Ao longo deste mês o portal Eaí?Tchê divulgará a programação de todas as dioceses do Rio Grande do Sul, no que se refere à passagem dos símbolos da JMJ. Não deixe de conferir e, muito além disso, engajar-se neste projeto. E não esqueça: tudo isto só é viabilizado para que você tenha base para mudar a sua realidade! Seja o protagonista de nosso presente.
Fonte: Valdir Junior - www.eaitche.com.br

                Novas visitas aos haitianos no Paraná

                          Paranavaí e Luanda


          Continuando com o projeto de acompanhar os grupos de migrantes haitianos do Estado do Paraná, me embarquei no domingo dia 07 de outubro para as cidades de Paranavaí e Luanda.
Cheguei em Paranavaí as 6:45 A.M. Fui buscado na rodoviária pelo Pe. Romildo Neves Pereira, coordenador  da ação evangelizadora da diocese de Paranavaí. Me hospedei na casa de Dom Jeremias Steinmetz, localizada na Rua: Francisco Viera Borges, 373.
        As 8:00 A.M, acompanhado pelo coordenador da ação evangelizadora da diocese, fui visitar uma primeira casa onde tem migrantes morando. Naquele momento encontramos apenas um haitiano em casa( Gaby Simeon) Ele não podia ir trabalhar, devido a um acidente sofrido no mês passado. Os outros estavam trabalhando.
  Nas conversas que tivemos, ele me contou como que aconteceu o acidente, ele estava junto com o patrão, indo para o trabalho numa camioneta, com várias outras pessoas, quebrou a barra de direção do carro, desgovernou e bateu.Este migrante até hoje só está conseguindo andar com apoio de muleta.
       No que diz respeito ao patrão, ele levou o pior,  encontra-se nesse momento em Curitiba para se tratar. O migrante da sua parte me garantiu que até agora a empresa está cumprindo seu papel, assumindo os gastos de seu tratamento.
 Sendo que os outros trabalham de dia, era impossível encontrar eles nesse período. No mesmo dia de tarde,fui para Luanda visitar um outro grupo. Lá, fui acolhido pelo Padre Antonio Delmiro Avelino pároco da paróquia N.S Aparecida, (44) 34251729 ou 34251223 eu esperava encontrar um grupo de 21 haitianos, saídos da nossa paróquia São Geraldo de Manaus, mas encontrei somente duas mulheres. Em  condições bastante difíceis, sem trabalho. Uma acabou de ganhar uma criança no mês passado, e a outra que também está grávida e deve ganhar a criança no mês que vem,  estava hospitalizada, devido a sua frágil condição, o médico queria que ela ficasse em observação.
  Nesse momento pelo que me disse o Pe. Antonio é a paróquia dele, que cuida dessas duas mulheres, pagando aluguel, dando alimentação, saúde….. ele me disse que ainda nesse mesmo mês que ele vai fazer um contrato de aluguel  para elas por mais um ano.  Na minha conversa com o Padre Antonio, perguntei para ele, se estava sabendo o motivo pelo qual, desistiram da empresa os demais haitianos? Ele me respondeu assim, segundo informações que ele recebeu de outras pessoas, o patrão não respeitava nada do que foi combinado lá em Manaus na hora de contratar. Eles estavam numa casa antiga , quando chovia, entrava muita água na casa. E, além disso queria descontar deles o dinheiro das passagens de Manaus para Luanda. É bom dizer que diante da situação crítica, das duas mulheres, dei uma pequena contribuição financeira para elas duas.(100 R$). Permaneci na cidade de Luanda até  11:45 do dia 08, quando me embarquei de volta para Paranavaí. Chegando em Paranavaí, Pe. Romildo Neves Pereira, me levou a encontrar mais haitianos. Eles também tiveram problemas com a empresa deles, por não respeitar segundo eles o acordo salarial. Esses tiveram o apoio da cúria de Paranavaí em certas coisas. Inclusive quando o empresário e eles se desentenderam, eles receberam aluguel por dois meses da cúria. Nesse momento, todos eles estão trabalhando, em outros lugares. Ao contrario de Luanda encontrei mais haitianos em Paranavaí, do que eu esperava(15).
 Na noite do dia 08, antes de eu retornar para Curitiba, Dom Jeremias, que é bispo de Paranavaí,  e Pe. Romildo, coordenador da ação evangelizadora e eu, enquanto jantamos, fizemos uma boa conversa sobre a atual realidade migratória no nosso Regional Sul II.
Parabenizei a Dom Jeremias e seus sacerdotes Romildo e Antonio, por estar dando atenção aos migrantes, colocando em pratica a proposta do Evangelho( Mt26,35 acolher Jesus nos chamados estrangeiros) e  documento de Aparecida sobre a migração:( É expressão de caridade, também eclesial, o acompanhamento pastoral dos migrantes. Há milhões de pessoais que por diferentes motivos estão em constante mobilidade. E diante dessa situação migratória, a Igreja como Mãe, deve sentir como Igreja sem fronteiras, Igreja familiar, atenta ao fenômeno crescente da mobilidade humana em seu diversos setores.Oferecendo atenção aos migrantes A.P(411-412).
                                                                                                                                                                Padre Gustot Lucien, c
s
SIMN: alteração demográfica desafia o debate global sobre o futuro
Leonir-Chiarello“A demografia é o grande evento mundial e as migrações são pessoas”, definiu o padre Leonir Chiarello, Diretor da Rede Scalabriniana Internacional de Migração (SIMN) e Coordenador do Fórum Internacional de Migração e Paz.
Convidado para avaliar o impacto de grandes eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, padre Leonir ampliou a visão do que pode ser considerado um grande evento de impacto global, fazendo uma abordagem histórica sobre a formação demográfica da humanidade.
Observou que o salto populacional do último século e a alteração drástica na demografia mundial é o grande acontecimento histórico do século 20, portanto, o maior evento global do século passado.


Brasil: oficializado Comitê Estadual RS para migrantes, refugiados e vítimas do tráfico


Radio_migrantesCom a presença de pesquisadores, religiosos, estudantes e autoridades foi aberto às 09h do dia  22 em Porto Alegre (RS), o “Primeiro Seminário de Mobilidade Humana” discutindo o cenário, tendências e desafios da mobilidade no Brasil e no Rio Grande do Sul.
Entre as autoridades presentes estavam o Arcebispo de Porto Alegre, D. Dadeus Grings; o Presidente do Cibai e Coordenador do Fórum Permanente de Mobilidade Humana, P. Lauro Bocchi; o representante do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), Andres Ramires; o Procurador Geral do Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul, Paulo Leivas e o Secretário Estadual de Justiça, Fabiano Pereira.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012


Seminário analisa situação das migrações no RS

Migrantes haitianos no RS em busca de trabalho
Migrantes haitianos no RS em busca de trabalho
Nos últimos anos, o Rio Grande do Sul tem se caracterizado como destino de muitos migrantes. Grandes Investimentos em infraestrutura, obras para a Copa de 2014 e expansão do ensino superior tornam o Estado um destino atrativo. No entanto, muitos desses migrantes não encontram a acolhida e o acesso aos direitos básicos.

Diante das limitações dos serviços e de políticas públicas para com categorias em mobilidade, desafiou a união de dezenas de instituições governamentais (oriundas do executivo, legislativo e judiciário) e não governamentais (ONGs, Universidades, Instituições religiosas...) a criar o Fórum Permanente de Mobilidade Humana do RS, tendo como foco a defesa de direitos humanos.

Entre as situações que exigem maior atenção estão a chegada de imigrantes haitianos, a situação dos estudantes africanos, a dificuldade dos hispano-americanos, os refugiados, o tráfico de pessoas e a descontextualização dos trabalhadores temporários em obras de infraestrutura.

Para debater o impacto dos fluxos migratórios e os desafios para o Governo e para a Sociedade, o Fórum Permanente realiza no dia 22 de Outubro, segunda-feira, a partir das 8h30min, no Auditório do Palácio do Ministério Público Estadual – Praça Marechal Deodoro, 110 – o 1º. Seminário de Mobilidade Humana no Brasil e no RS.

O evento pretende identificar os desafios que essa mobilidade humana traz para o Estado (em suas políticas e programas), para a sociedade e instituições voltadas para a defesa dos direitos humanos e apontar estratégias para a promoção de uma maior integração sociocultural.

Para aprofundar essas questões, o evento contará com a presença de pesquisadores, investigadores e especialistas como o Presidente do Conselho Nacional de Imigração, Dr. Paulo Sérgio Almeida e o Diretor Executivo Scalabrini International Migration Network com sede em Nova York e Coordenador Geral do Fórum Internacional sobre Migração e Paz, Dr. Leonir Mário Chiarello. Também participam dos debates o Presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, Dep. Miki Breier, a Diretora do Departamento de Ações em Saúde da Secretaria Estadual da Saúde, Sandra Fagundes, a Diretora dos Direitos Humanos da Secretaria da Justiça, Dra. Tâmara Soares. Nos painéis do evento participarão docentes da UNISINOS, Dra. Denise Cogo, da UNIRITER, Dr. Paulo Gilberto Cogo Leivas e da UFRGS, Dra. Denise Jardim.

Durante o Seminário haverá exposição sobre migrações no mundo e lançamento de obras de diversos autores abordando a temática migratória.
por Camila Panassolo (Web Rádio Migrantes), dia 19/10/2012 às 09:10

terça-feira, 23 de outubro de 2012


Pastoral do Migrante de Curitiba com a 10ª Festa Latino-Americana.


A Pastoral do Migrante de Curitiba realizou no  domingo (21) a 10ª Festa Latino-Americana. no Bosque São Cristóvão, em Santa Felicidade, A festa começou  com uma missa,  celebrada pelos ,Padres Gustot Lucien haitiano  ,Mario Geremias Pastoral dos Imigrantes São Paulo ,  Padre Armelindo, Padre Agenor e a participação do Coral Bom Jesus e a coordenadora da Pastoral  Elizete Sant Anna ,Padre Mario diz que temos que agradecer a Deus pelas diferencias culturais marcadas pela alegria , vitorias  e dores . O diferente e um dom ,uma riqueza uma oportunidade , e nunca deve ser tratado como um problema. 

A 10ª edição da Festa Latino Americana foi  promovida pela Pastoral do Migrante da Arquidiocese  visa promover uma integração dos povos e culturas da América Latina e dar visibilidade à realidade migratória dos latinos que escolheram o Brasil como sua nova pátria. 

A Pastoral Arquidiocesana atua com os imigrantes, os migrantes internos - pessoas que circulam dentro do País em busca de pão, trabalho e dignidade -, migrantes em trânsito – pessoas que vivem no País, mas em busca de outro local para morar , com os refugiados e com os deportados, aqui a Pastoral dos imigrantes de Curitiba atua desde a década de 1980 na área dos direitos humanos, com enfoque na migração, tem um destaque especial no trabalho com Haitianos , certamente sem a ajuda a vida deles seria muito dura. Houve apresentações folclóricas, de música, dança e poesia. Também   um espaço especial para as crianças, com brinquedos e jogos. A festa contou com a presença de imigrantes  da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai, Uruguai, México, Bolívia, Peru, Cuba, Equador, El Salvador, Haiti, Venezuela.e também como a presença da Pastoral do Imigrante de São Paulo através dos vários imigrantes que viajaram para  participar da integração latino americana.  
 Miguel Ahumada
Pastoral dos Imigrantes São Paulo


segunda-feira, 22 de outubro de 2012


Haitianos pagam altas taxas para enviar remessas às famílias

                    RS tem 400 trabalhadores imigrantes haitianos

Foto: Sérgio Gheller
Foto: Sérgio Gheller
Os imigrantes haitianos devem ser tratados no Brasil como se fossem brasileiros, com respeito, dignidade e acesso aos direitos humanos, defendeu hoje o Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Mike Breier.

Ele participa de um debate no auditório do Ministério Público Estadual em Porto Alegre (RS) sobre os “Desafios da Mobilidade dos Haitianos no RS” promovido pelo Fórum Permanente de Mobilidade Humana, com a presença de aproximadamente 180 pessoas.

Segundo o parlamentar o estado reúne hoje 400 trabalhadores imigrantes do Haiti que chegaram principalmente do Acre, embora exista um contingente importante que também entrou pela cidade de Manaus no Amazonas.

O primeiro contato segundo Breier ocorreu no início de 2012 e em abril ocorreram denúncias de trabalho escravo na cidade de Osório (RS). “A denúncia não procedia, mas existia uma situação de forte exploração dos trabalhadores”, explicou.

O deputado mencionou também que os imigrantes haitianos foram contratos por empresários de várias cidades do estado e que essas contratações têm sido monitoradas pela comissão de direitos humanos, que realiza um trabalho articulado com a embaixada do Haiti em Brasília.

A redução na taxa para remessas para o Haiti, via agência do Banrisul, segundo o parlamentar ainda está em negociação com o banco. “A cada R$ 500 reais, eles pagam uma taxa de R$ 98 reais, então esperam às vezes três meses para enviar recursos às famílias. Em média cada cidadão envia de US$ 100 a US$ 300 por mês e alguns querem trazer a família par o Brasil”, ressaltou.

Em visita ao Acre, explicou Mike Breier ainda foram encontrados imigrantes na divisa com Peru, aguardando em espaços públicos e em condições precárias para entrar no Brasil, impedidos por falta de documentos.

Durante a exposição foi levantada a situação dos imigrantes senegaleses que estão na Diocese de Caixas do Sul sem qualquer posicionamento do governo brasileiro quanto ao seu acolhimento. Religiosa que assiste aos imigrantes na diocese relatou que são aproximadamente 100 imigrantes do Senegal que estão sendo discriminados com negativa de acolhimento no Brasil, morosidade de atendimento na Polícia federal e condições precárias de vida.

O “Primeiro Seminário de Mobilidade Humana” discutindo o cenário, tendências e desafios da mobilidade humana no Brasil e no Rio Grande do Sul está sendo transmitido pela Webradio Migrantes e prossegue até ás 18h de hoje (22).

Roseli Lara/ Rádio Migrantes
por Camila Panassolo (Web Rádio Migrantes), dia 22/10/2012 às 15:40




   Bolívia é homenageada na 10ª Festa Latino-Americana em Curitiba




Organizada pela Pastoral do Migrante de Curitiba, a décima edição da Festa Latino-Americana, realizada nesse domingo(21), contou com apresentações folclóricas, entre elas a do grupo Integração Latina. 

“A proposta do grupo é juntar as danças típicas de vários países e quebrar preconceitos”, disse Natali Shellin, integrante do grupo. 
Atualmente, o Integração Latina, que existe desde 2007, apresenta danças chilenas, bolivianas, colombianas, argentinas e, também, brasileiras.  Para a festa, as danças bolivianas escolhidas foram o caporal e a diablada
A festa aconteceu no Bosque São Cristovão, em Santa Felicidade, e começou por volta das 10h30 com uma missa que contou com a participação do Coral Bom Jesus. A preços populares, o público pode apreciar um pouco da culinária de vários países alem das apresentações de dança, musica e poesia.  
A Pastoral do Migrante de São Paulo prestigiou o evento. Quarenta e três pessoas, entre eles brasileiros, bolivianos, peruanos, chilenos, colombianos e argentinos, foram a Curitiba. 
 
Mil e quinhentas pessoas passaram pelo evento, segundo a organização. 


IGREJA DA POMPÉIA / CIBAI MIGRAÇÕES / PORTO ALEGRE - RS - BRASIL


Para ver todo o conteúdo acesse http://pompeiacibai.zip.net/index.html





sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Grupo de haitianos em Caxias- RS


Conheça a história de um grupo de haitianos que veio a Caxias em busca de melhores condições de vida e independência. Os 21 imigrantes trabalham em um clube da cidade.
Após abrir a porta de uma das salas do prédio administrativo do Recreio da Juventude, a expressão de desconfiança no rosto dos 21 haitianos demonstrava que seria um desafio quebrar o gelo. De um lado, um grupo devidamente uniformizado, que trabalhava há uma semana nos setores de limpeza e manutenção do clube. De outro, um grupo que chegara em Caxias na noite anterior (17). Bonés quadrados, moletons e tênis caracterizava a turma recém-chegada, formada apenas por homens, com idades de 22 a 46 anos.
No início, a entrevista foi coletiva. Apenas um ou dois mais desinibidos respondiam claramente às primeiras perguntas, a maioria balançava a cabeça e murmurava como respostas. Onze deles levantaram a mão quando lhes foi perguntado quem havia deixado família no Haiti. Além de família, grande parte deixou para trás um passado de trabalho na área de construção civil. A escassez de empregos de um país destruído por desastres naturais, conflitos e miséria, no entanto, causou a emigração.
De repente, o grupo uniformizado começa a se agitar. Um ou dois levantam e os outros se olham à espera de uma resposta. “Um pega o crachá de todos”, disse a gestora Aristotelina de Castilhos Homem, a Tote. Era 13:30, hora em que deveriam voltar ao trabalho. Apesar das baixas, foi neste momento, de falar sobre um passado querido, ainda que sofrido, e das profissões anteriores, que eles começaram a se soltar. E, com metade da turma na sala, a conversa tomou um rumo mais pessoal.
O simpático Malisson Charles, de 46 anos, conta que era alfaiate no Haiti e que, além do ofício, deixou no país de origem 7 filhos – com idades entre 4 e 21 anos -, de dois casamentos. A atual esposa, com quem tem 5 filhos e a ex, com quem teve os outros dois, trabalham no comércio, assim como todas as esposas dos entrevistados. Malisson tem a missão de mandar dinheiro para o país, onde os pais precisam pagar para que os filhos entrem em uma escola, já que naquelas pagas unicamente pelo governo a disputa por vagas é acirrada. Assim como os colegas Jean Frantz Desir, de 41 anos, e Jean Neles Derilus, de 40, Malisson espera o visto permanente para trazer esposa e filhos para o Brasil.
Jovem e sem compromisso amoroso, Horismann Saint Cyr, de 25 anos, explica que sua permanência em algum dos países irá depender de sua futura (e ainda desconhecida) esposa.
“Se eu encontrar mulher aqui, fico aqui e visito lá. Se eu me casar com mulher do Haiti, vou pro Haiti”, explica.
Decepcionado, ele desabafa.
“A gente tem muita coisa na cabeça e chega aqui parece que não conhece nada”, lamenta, referindo-se à dificuldade de encontrar emprego como eletricista, em Manaus, onde os dois grupos estavam vivendo, com ajuda do Serviço Voluntário Pró Haiti, formado por agentes religiosos.
Cyr, assim como quase todos os entrevistados, não chegou a concluir o ensino médio. A viagem de Manaus a Caxias interrompeu, para alguns, os estudos no EJA.
A administração do Recreio da Juventude alugou duas casas, e também fornece alimentação e a assistência necessária para que eles possam se estabilizar durante os 3 primeiros meses. Além disso, explica Tote, eles trabalham separados, para que não conversem em seu dialeto e adquiram domínio sobre o português, o que lhes dará autonomia em qualquer emprego.
“Na maioria dos postos, eles se comunicam com os sócios”, justifica.
Tote diz que o maior desafio é a comunicação, mas que eles aprendem rápido e se esforçam em suas atividades. Aliás, trabalho não vai faltar, já que o clube está a todo o vapor para a realização do baile de debutantes e o início da temporada de verão.
Com quase uma hora de conversa, o grupo ficou confiante. Mudaram de ideia e deixaram o fotógrafo registrar o momento. Aliás, foi em um relato ao fotógrafo, Paulo Pasa, que Benjamin Modestin, de 22 anos, mostrou o olhar muitas vezes míope dos brasileiros sobre os haitianos.
Ele contou que trabalhava junto com o pai, que tem uma funerária no Haiti. Cursou Ciência da Informática e jogava basquete para a universidade na sua cidade de origem. Modestin fala Francês, Inglês e Português com fluência e não se importa com os trabalhos manuais, mas visa uma oportunidade de trabalhar na cidade em algum hotel ou atendimento. Sua estadia no Brasil tem prazo: pretende voltar para o Haiti depois da Copa de 2014.
“Tem gente que presta, e gente que não presta, gente com e sem faculdade. Nem todos que vêm do Haiti são ignorantes e têm como única aptidão a jardinagem. Estou qualificado para um emprego melhor, mas sou muito grato pela oportunidade que recebi aqui. Apenas não quero ser dependente deles por muito tempo.”
Modestin personifica o desejo de sua própria nação. De um povo que luta para transformar solidariedade em independência.

por  | 19/10/2012 às 10:57



Encontro Internacional de Formandos Scalabrinianos e
Ano Vocacional Scalabriniano
em Curitiba - Pr


           Neste ano em que celebramos os 125 anos de fundação da nossa Congregação e motivados pela proposta do Ano Vocacional Scalabriniano (“Fica conosco Senhor”) tivemos a oportunidade de vivenciar um momento histórico em nossas províncias São Paulo e São Pedro, que foi o Encontro Internacional de Formandos Scalabrinianos. Este encontro aconteceu no Instituto Filosófico Scalabriniano em Curitiba, PR, nos dias 12, 13 e 14 de outubro de 2012.
                Foi um momento festivo que contou com a presença de aproximadamente de oitenta formandos de oito nacionalidades provenientes das casas de formação do Brasil (Seminário Menor - Passo Fundo, RS; Propedêutico - Jundiaí, SP; Filosofia - Curitiba, PR; Noviciado - Porto Alegre, RS; Teologia - São Paulo, SP) e do Paraguai (Seminário Menor - Ciudad del Est; Propedêutico - Assunción).
Foi muito significativa, também, a presença do Superior Geral, Pe Sérgio Geremia (através de uma carta enviada) e dos provinciais Pe. Alfredo Gonçalves (Província São Paulo) e Pe. Adilson Busin (Província São Pedro); além dos formadores e animadores vocacionais das respectivas casas de formação
             O sentimento de unidade e ânimo vocacional foi o fio condutor do encontro, proporcionando pelas várias dinâmicas propostas (palestras, orações dinamizadas, partilhas em grupo, missas, passeio, esporte, teatro...) grande interação entre todos, descontração, compromisso e acima de tudo uma profunda alegria em se sentir parte de uma família religiosa onde a chama da vocação ainda se faz sentir forte. Testemunho disso foi a presença marcante dos seminaristas que estão iniciando o processo formativo (seminários menor e propedêutico) tanto do Brasil como do Paraguai, que com seu ânimo e disposição (demonstrado nas apresentações e demais atividades) deixaram essa marca vivaz da vocação em nossos corações.
                 A partir de um encontro como esse só podemos dizer que vale a pena doar a nossa vida nesta missão scalabriniana, pois por tudo o que foi vivenciado não resta-nos dúvida de que o Senhor Jesus atendeu o nosso pedido e permaneceu conosco.
 Em nome de todos os formandos scalabrinianos
Cleber de Paula Rodrigues.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012



                 Sínodo dos Bispos: apelo em favor do Haiti

haiti_igreja
















O Sínodo dos Bispos, em andamento no Vaticano, fez um apelo nesta terça-feira, 16 de outubro, em favor do Haiti, que depois do terremoto de janeiro de 2010 e a epidemia de cólera vive num estado persistente de emergência humanitária.

O bispo de Jacmel, diocese haitiana, dom Launay Saturné, entrevistado pela Rádio Vaticano, falou sobre os problemas vividos pelo povo haitiano e fez um apelo: "Precisamos da solidariedade internacional, da solidariedade da Igreja. Agradeço por tudo o que foi feito pelo Haiti, mas o caminho da reconstrução ainda é longo e precisamos da solidariedade de todos."
Dom Saturné ressaltou que o Sínodo é uma ocasião para os bispos haitianos entenderem como levar adiante a evangelização. "No Haiti buscamos, neste momento, reconstruir casas, mas temos de reconstruir também a pessoa humana. Para refazer as pessoas precisamos evangelizar a fim de edificar o homem espiritual e construir um novo país e uma nova Igreja", destacou o bispo.
O bispo de Jacmel concluiu a entrevista destacando que não obstante as dificuldades o povo haitiano continua firme na fé. "A fé nos ajuda a seguir em frente e isso vale não somente para os países pobres, mas para todos".